Plantão | Publicada em 10/01/2011 às 08h59m
Fantástico SÃO PAULO - Ela saiu de Santa Catarina e foi para São Paulo com o sonho de ser advogada, e acabou na cadeia. Marinês Schultz é uma morena de olhos verdes, rosto e corpo de modelo, que foi usada pelo crime. Marinês foi presa em Campo Limpo Paulista, a 62 km da capital paulista, depois de ser reconhecida. A beleza e o porte dela chamaram a atenção da polícia. A jovem acabou apelidada de 'gata do crime'.
- Eu creio que não era pela minha beleza, mas sim pelo meu saber. Pelo meu estudo que eles sempre pediam para eu fazer alguma coisa, ir no banco junto com eles, assim. Ou shopping ou contas. Eles queriam, devido ao meu nome está limpo - diz.
Bandida ou uma jovem ingênua?
A polícia ainda investiga a ligação dela com roubos e drogas e tenta traçar um perfil da personalidade dessa moça de apenas 18 anos.
- Nunca roubei antes - afirma.
A polícia tenta traçar um perfil da jovem, que vivia em Iporã do Oeste, interior de Santa Catarina, quase divisa com a Argentina. Marinês morava com a mãe viúva e um irmão adolescente, até agosto do ano passado.
Ela deixou a casa simples na zona rural da cidade dizendo para a mãe que queria um futuro melhor. Queria trabalhar e estudar Direito. Mas perdeu o emprego e, longe da família e aparentemente ingênua, foi atraída por más companhias.
A mãe de Marinês, Dona Lourdes, toca sozinha o sítio e chegou a enviar dinheiro para ajudar a filha em São Paulo.
- Mandei R$ 1.200 - contou ela.
Marinês não conta, mas a mãe garante que a filha vivia sob ameaça em São Paulo:
- Sendo ameaçada. Isto aí que ela estava falando para mim. Ela não podia nem dizer certo onde ela estava morando. E eu insistindo para ela: 'aonde você está? "'Mãe eu não posso falar porque eu estou sendo vigiada", ela dizia.
A jovem admite que vivia em baladas regadas a drogas, mas diz que não usava drogas.
- Estou com vergonha por envergonhar a minha mãe e gostaria de ir embora, só isso. O que eu fiz teve as consequências e essas consequências eu vou ter que enfrentar - diz a jovem.
A polícia prendeu o trio porque reconheceu o rosto da moça.
- Nós tínhamos as imagens do circuito interno de monitoramento quando passou o trio e a moça chamou a atenção, até porque era uma moça bonita. O pessoal fez um comentário e quando olhamos fixamente, percebemos que se tratava do trio que havia praticado o roubo no supermercado - conta o policial José Roberto Ramalho.
Foi assim que Marinês virou personagem das páginas policiais. Ao passar perto do posto da Guarda Municipal, foi presa com dois cúmplices: um homem e uma menor de idade.
Marinês estava junto com um casal que assaltou o supermercado com uma arma. A câmera de segurança mostra a jovem passando atrás deles na hora do crime. Foram levados desodorante, creme de cabelo e uísque, além do dinheiro do caixa, cerca de R$ 150.
- Foi de última hora eles assaltaram, porque nem eu sabia, e se eu soubesse, com certeza, não teria ido junto com eles lá - diz ela.
Para chegar no supermercado, o casal e Marinês roubaram o carro de um taxista.
- Foram dois crimes na sequência. Se as penas forem somadas, vai fazer com que permaneçam um tempo na cadeia - afirma o delegado Marcel Fher.
Marinês está na cadeia de Itupeva na Grande São Paulo.
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