segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Os detetives de Alckmin

 
Governador de São Paulo convoca auditores, policiais e até ex-espiões para analisar contratos da administração de José Serra
Alan Rodrigues
 
Se o ex-governador paulista José Serra tivesse como sucessor um adversário de partido, talvez sua vida hoje fosse mais tranquila. Apesar das juras públicas de mútua admiração, Serra e o atual governador Geraldo Alckmin, ambos do PSDB, são, no mínimo, “desafetos”, como se costuma chamar dois tucanos que não se suportam. Serra não perdoa Alckmin, que não perdoa Serra. Pelo lado do ex-governador, pesa na conta negativa a candidatura à Presidência da República que Alckmin assegurou em 2006, tomando sua frente. Pelo lado de Alckmin, o passivo passa pelo apoio que lhe faltou na candidatura à prefeitura da capital, em 2008, quando Gilberto Kassab, do DEM, catalisou as simpatias serristas. Mais do que isso, o atual governador e seus correligionários ainda amargam o desprezo com que teriam sido tratados depois que Serra sucedeu Alckmin em 2006, anunciando revisão de contratos, suspensão de projetos e caça a funcionários fantasmas. A auditoria jamais foi divulgada. Agora vem o troco.

Logo depois da posse, sem alterar seu estilo manso de político interiorano, Alckmin ordenou a sua equipe que investigasse todos os contratos diretos e indiretos da administração Serra (2007-2010). A operação pente-fino foi entregue à chefia de Vicente Falconi, do Instituto de Desenvolvimento Gerencial (Indg), um especialista indicado pelo senador mineiro Aécio Neves. Sua missão é virar pelo avesso os contratos, concorrências e licitações, principalmente de obras, foco de denúncias nunca comprovadas de superfaturamento e tráfico de influência no governo Serra. Para a plateia, Alckmin justifica que vai apurar apenas possíveis irregularidades nas contas da administração anterior, para que isso sirva de modelo ao “choque de gestão” que pretende implementar em seu governo. Sua assessoria, numa nota de esclarecimento à ISTOÉ, prefere a expressão “análise criteriosa dos contratos” em vez da palavra “auditoria”. Já os serristas entenderam a iniciativa como pura retaliação. Serra acha, como disse a políticos mais próximos, que a investigação das supostas irregularidades faz parte de um jogo político que pretende esvaziar sua candidatura à presidência do PSDB e empurrá-lo a um definitivo ostracismo.

Alckmin deu ainda outros passos que tiram o fôlego de aliados de Serra ao colocar conturbadas obras do Rodoanel, da Marginal do Tietê e do Metrô da capital paulista na fronteira de um caso policial. O governador resolveu nomear policiais, promotores e até um ex-espião para rever os contratos assinados no passado na Secretaria de Logística e Transportes. Para coordenar este setor, buscou no ninho tucano um dos principais desafetos de Serra, o procurador de Justiça Saulo de Castro Abreu, ex-secretário de Segurança da primeira gestão de Alckmin (2003-2006). Com a tarefa de xeretar tudo, Abreu, por sua vez, recorreu ao coração da polícia paulista: convocou o coronel da PM João Cláudio Valério, ex-administrador do orçamento da Secretaria da Segurança Pública, para auxiliá-lo. Além disso, em vez de nomear um engenheiro para a Dersa, o secretário colocou na direção desta estatal que cuida das principais obras viárias do Estado o ex-supervisor da Febem e especialista em segurança Laurence Casagrande Lourenço. Homem da confiança de Abreu, Lourenço é ex-diretor da Kroll, uma agência de investigação internacional que ficou conhecida no Brasil depois da CPI dos Grampos na Câmara Federal, quando foi colocada sob suspeita de ligação com arapongas e escutas clandestinas. “A Kroll deu a Laurence experiência na iniciativa privada e na identificação de superfaturamento de contratos”, justificou Abreu. O posto onde toda essa experiência será colocada à prova também é significativo: a Dersa, agora sob responsabilidade do veterano da Kroll, abrigou no governo passado figuras controvertidas como o ex-diretor Paulo Vieira de Souza, o famoso Paulo Preto, acusado por tucanos de ter desfalcado o caixa de campanha presidencial de Serra. “Todos os nomes que escolhi são de pessoas de confiança, que já trabalharam comigo. É gente para tocar os projetos seriamente”, disse Abreu. Essa afirmação do secretário acabou jogando mais lenha na fogueira: “Como assim, ‘seriamente?’”, indignou-se um deputado estadual ligado a Serra que prefere o anonimato. “Que história é essa de tocar projetos seriamente? Somos de um mesmo governo, não pode haver dúvidas sobre nossa seriedade no trato da coisa pública.”

A TRINCA
Falconi, Abreu e Semeghini, os homens de
Alckmin para xeretar gastos com obras e contratações
 
Há ainda um terceiro nome importante na equipe de Alckmin encarregado de esmiuçar o passado: Júlio Semeghini, o novo secretário de Gestão. Ele não mede palavras para falar do trabalho que tem pela frente. “Vamos olhar tudo, contrato por contrato, pasta por pasta”, afirmou Semeghini. Segundo o secretário, as investigações se estenderão por todos os setores da administração. Além das obras contratadas, a papelada de outras duas áreas merecerá cuidados especiais: comunicação e recursos humanos. A administração de Serra gastou em propaganda e publicidade R$ 329,5 milhões, 372% a mais do que o movimento de quatro anos atrás. Já na área de recursos humanos, o foco das análises será as despesas com a contratação de mão de obra terceirizada, que ultrapassaram R$ 10 bilhões, em 2009. Desse total, R$ 4,1 bilhões (sendo R$ 2,8 bilhões da administração direta e R$ 1,3 bilhão da indireta) estão sob a mira de Semeghini.

A vida de Serra também está complicada no plano da política nacional. Em maio, o PSDB vai eleger uma nova direção e Serra vê a presidência do partido como o único caminho para mantê-lo em evidência. Acontece que parlamentares ligados ao senador mineiro Aécio Neves e ao governador Geraldo Alckmin trataram de isolar José Serra da direção partidária. Eles conseguiram aprovar na quarta-feira 26 uma moção, subscrita por 54 deputados e suplentes, com a recondução de Sérgio Guerra à direção nacional do partido. “Esta lista foi uma forma infeliz de buscar a presidência do partido”, reagiu o ex-governador Alberto Goldman, aliado de Serra. “A atitude de Sérgio Guerra foi indigna e o desqualifica como presidente do partido”, atacou o deputado Jutahy Magalhãoes (BA), um dos mais vigorosos serristas. Com tamanha repercussão, mais uma vez o governador Geraldo Alckmin resolveu, com seus modos gentis, alegar desinteresse pelo assunto e desconhecimento sobre as reais pretensões de Serra. Alckmim se referiu à barulhenta movimentação tucana anti-Serra como coisa para se decidir num futuro muito distante: “Nem sei se o Serra será candidato a presidente do partido. Mas, se quiser, terá meu integral apoio”, afirmou. Este não é, claro, o tipo de frase que Serra poderia encarar como uma adesão entusiasmada.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

ESTUPRO CORRETIVO, ISSO EXISTE????

Caros amigos,

"O estupro corretivo”, a prática cruel de estuprar lésbicas para “curar” sua homossexualidade, está se tornando uma crise na África do Sul. Porém, ativistas corajosas estão apelando ao mundo para pôr fim a estes crimes monstruosos. O governo sul africando finalmente está respondendo -- vamos apoiá-las. Assine a petição e divulgue para os seus amigos!
isso existe?.............................

Millicent Gaika foi atada, estrangulada, torturada e estuprada durante 5 horas por um homem que dizia estar “curando-a” do lesbianismo. Por pouco não sobrevive

Infelizmente Millicent não é a únca, este crime horrendo é recorrente na África do Sul, onde lésbicas vivem aterrorizadas com ameaças de ataques. O mais triste é que jamais alguém foi condenado por “estupro corretivo”.

De forma surpreendente, desde um abrigo secreto na Cidade do Cabo, algumas ativistas corajosas estão arriscando as suas vidas para garantir que o caso da Millicent sirva para suscitar mudanças. O apelo lançado ao Ministério da Justiça teve forte repercussão, ultrapassando 140.000 assinaturas e forçando-o a responder ao caso em televisão nacional. Porém, o Ministro ainda não respondeu às demandas por ações concretas.

Vamos expor este horror em todos os cantos do mundo -- se um grande número de pessoas aderirem, conseguiremos amplificar e escalar esta campanha, levando-a diretamente ao Presidente Zuma, autoridade máxima na garantia dos direitos constitucionais. Vamos exigir de Zuma e do Ministro da Justiça que condenem publicamente o “estupro corretivo”, criminalizando crimes de homofobia e garantindo a implementação imediata de educação pública e proteção para os sobreviventes. Assine a petição agora e compartilhe -- nós a entregaremos ao governo da África do Sul com os nossos parceiros na Cidade do Cabo:

https://secure.avaaz.org/po/stop_corrective_rape/?vl

A África do Sul, chamada de Nação Arco-Íris, é reverenciada globalmente pelos seus esforços pós-apartheid contra a discriminação. Ela foi o primeiro país a proteger constitucionalmente cidadãos da discriminação baseada na sexualidade. Porém, a Cidade do Cabo não é a única, a ONG local Luleki Sizwe registrou mais de um “estupro corretivo” por dia e o predomínio da impunidade.

O “estupro corretivo” é baseado na noção absurda e falsa de que lésbicas podem ser estupradas para “se tornarem heterossexuais”, mas este ato horrendo não é classificado como crime de discriminação na África do Sul. As vítimas geralmente são mulheres homossexuais, negras, pobres e profundamente marginalizadas. Até mesmo o estupro grupal e o assassinato da Eudy Simelane, heroína nacional e estrela da seleção feminina de futebol da África do Sul em 2008, não mudou a situação. Na semana passada, o Ministro Radebe insistiu que o motivo de crime é irrelevante em casos de “estupro corretivo”.

A África do Sul é a capital do estupro do mundo. Uma menina nascida na África do Sul tem mais chances de ser estuprada do que de aprender a ler. Surpreendentemente, um quarto das meninas sul-africanas são estupradas antes de completarem 16 anos. Este problema tem muitas raízes: machismo (62% dos meninos com mais de 11 anos acreditam que forçar alguém a fazer sexo não é um ato de violência), pobreza, ocupações massificadas, desemprego, homens marginalizados, indiferença da comunidade -- e mais do que tudo -- os poucos casos que são corajosamente denunciados às autoridades, acabam no descaso da polícia e a impunidade.

Isto é uma catástrofe humana. Mas a Luleki Sizwe e parceiros do Change.org abriram uma fresta na janela da esperança para reagir. Se o mundo todo aderir agora, nós conseguiremos justiça para a Millicent e um compromisso nacional para combater o “estupro corretivo”:

https://secure.avaaz.org/po/stop_corrective_rape/?vl

Está é uma batalha da pobreza, do machismo e da homofobia. Acabar com a cultura do estupro requere uma liderança ousada e ações direcionadas, para assim trazer mudanças para a África do Sul e todo o continente. O Presidente Zuma é um Zulu tradicional, ele mesmo foi ao tribunal acusado de estupro. Porém, ele também criticou a prisão de um casal gay no Malawi no ano passado, e após forte pressão nacional e internacional, a África do Sul finalmente aprovou uma resolução da ONU que se opõe a assassinatos extrajudiciais relacionados a orientação sexual.

Se um grande número de nós participarmos neste chamado por justiça, nós poderemos convencer Zuma a se engajar, levando adiante ações governamentais cruciais e iniciando um debate nacional que poderá influenciar a atitude pública em relação ao estupro e homofobia na África do Sul. Assine agora e depois divulgue:

https://secure.avaaz.org/po/stop_corrective_rape/?vl

Em casos como o da Millicent, é fácil perder a esperança. Mas quando cidadãos se unem em uma única voz, nós podemos ter sucesso em mudar práticas e normas injustas, porém aceitas pela sociedade. No ano passado, na Uganda, nós tivemos sucesso em conseguir uma onda massiva de pressão popular sobre o governo, obrigando-o a engavetar uma proposta de lei que iria condenar à morte gays da Uganda. Foi a pressão global em solidariedade a ativistas nacionais corajosos que pressionaram os líderes da África do Sul a lidarem com a crise da AIDS que estava tomando o país. Vamos nos unir agora e defender um mundo onde cada ser humano poderá viver livre do medo do abuso e violência.

Com esperança e determinação,

Alice, Ricken, Maria Paz, David e toda a equipe da Avaaz

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O PRINCIPIO DA VERDADE


SÓ PRA NÃO ESQUECERMOS ...

Em meu departamento, todo investigador ou agente pode chegar ao posto mais alto da carreira policial.






POLÍCIA DESMOTIVADA







"Vocês têm uma divisão na Polícia Militar em que os policiais são de uma classe social diferente da dos oficiais. Os soldados não podem chegar ao topo. E os policiais civis e investigadores estaduais e até os federais são uma outra classe. Os delegados são advogados. É um sistema extraordinariamente complexo, que não tem a equidade existente na polícia dos Estados Unidos. Eu comecei minha carreira como policial.

 No Brasil, seria um soldado de polícia. Jamais conseguiria ascender ao cargo de oficial e, depois, ao de chefe de polícia. Seria no máximo capitão ou major. Eu teria de ir a uma faculdade de direito para me tornar delegado. Em meu departamento, todo investigador ou agente pode chegar ao posto mais alto da carreira policial.

 Não ter chance de ascender é algo desestimulante em qualquer carreira. Não haveria por que ser diferente na polícia

BEZERRA DA SILVA - POLÍCIA CIVIL

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Novo delegado-geral de São Paulo troca policiais em cargos de chefia

14/01/2011 - 14h34
AFONSO BENITES
ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

O novo delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Marco Carneiro Lima, decidiu trocar parte dos policiais que estão há mais de dez anos em cargos de chefia.
O objetivo é trazer novas ideias para a instituição e incentivar que os profissionais mais jovens ocupem postos de comando.
"Não significa que eles desenvolveram um trabalho ruim, mas temos que dar oportunidade para novos quadros", disse Carneiro.
Um dos delegados que será substituído até a próxima semana é Osvaldo Nico Gonçalves, que há 14 anos dirige o Garra (Grupo de Repressão a Roubos). No lugar de Gonçalves entrará Roberto Krasovic, que era o responsável pela Divisão Policial de Portos, Aeroportos, Proteção ao Turista e Dignitários, órgão que cuida da Deatur.
Krasovic será substituído pelo delegado Mauro Marcelo Lima e Silva, que já foi diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que é um órgão federal.
O delegado Gonçalves foi responsável por várias operações midiáticas, como a que usou policiais disfarçados de cabos eleitorais para prender suspeitos de tráfico de drogas em Heliópolis (zona sul de SP) na campanha eleitoral do ano passado.
Outros dois que têm seus dias contados nos cargos são Carlos Antônio Guimarães de Sequeira, diretor do IIRGD (Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt), e Edison Geraldo Schiavinato, da Divisão de Transportes da Delegacia Geral de Polícia.
Os dois estão há 12 anos em suas funções. Para a presidente da Associação dos Delegados de São Paulo, Marilda Pansonato Pinheiro, as mudanças são "um alento" para a polícia. "Hoje, os delegados não têm perspectivas de futuro, estão desmotivados. Essa oxigenação é bem vinda", afirmou a policial.

PROCESSO
Apesar de ter dito que faria poucas trocas no comando da polícia paulista, desde que assumiu o cargo, no início da semana, o delegado-geral já promoveu a substituição de sete diretores. Outros nove foram mantidos em seus cargos.
Alguns órgãos especializados também passaram a ter novos diretores.
No Deic (crime organizado) chegou o veterano Nelson Guimarães; no Denarc (narcóticos) entrou Wagner Giudice, que era da DAS (divisão antissequestro).
Já no Decap (93 DPs da capital) entrou Carlos José Paschoal de Toledo, ex-chefe do Detran, órgão que irá para a Secretaria de Gestão Pública e deixará a polícia.

´NOVA ESTÁTUA A JUSTIÇA BRASILEIRA


ONDE SERÁ QUE VAMOS PARAR HEIN...

COMO CONSEGUIR MELHORES SALÁRIOS

Inspetor Gustavo SINPOCI/CE entrevista Antonio Moraes SINPOL/SE


AÍ ESTA, UM ESTADO COM MENOS CONDIÇÕES QUE SÃO PAULO CEDEU A PRESSÃO DE SEUS FUNCIONÁRIOS EM LHES ATRIBUIR MELHORES SALÁRIOS E CONDIÇÕES DE TRABALHO. NÃO PRECISA VIOLÊNCIA, NÃO PRECISA GREVE, NÃO PRECISA DISCUSSÃO...
APENAS ORGANIZAÇÃO E UNIÃO DE TODOS.

BOA SORTE ÀQUELS QUE SE ACHAREM NO DIREITO DE EXERCE-LO


“QUEM POUPA O LOBO, SACRIFICA A OVELHA.”

 
 
LEIAM ! PRINCIPALMENTE PORQUE NÃO É ESCRITO POR POLICIAL
(autor desconhecido)


Policial tem vida?
Qual a natureza jurídica do policial?
Ele tem direitos?
          Nos últimos dias morreram dois policiais civis. Nos últimos 06 meses policiais militares que se interpuseram entre a sociedade e o tráfico de drogas na Zona Norte, foram assassinados. Os policiais que perseguiram o ladrão de bancos conhecido como Balengo foram, juntamente com seus familiares, ameaçados de morte. Na última sexta feira, o GARRA desencadeou uma ação para capturar os matadores de um dos policiais. Investigadores, escrivães, agentes, carcereiros e delegados, de férias, de folga, abriram mão da convivência da sua família para prender o assassino do colega.
          Nenhuma palavra dos direitos humanos, nota ridícula da Globo, que preferiu dar destaque à prisão dos chamados higlanders. Muitas pessoas ligaram na Bandeirantes reclamando que a polícia estava sendo abusiva, que a operação prejudicava o trânsito, que a operação atrapalhava suas vidas. A Record criticou o fato veladamente, ora batendo, ora soprando, mas não deixou de apresentar uma crítica ao GARRA.
          Quando o casal Nardoni foi investigado, por quase 30 dias o Brasil acompanhou uma novela. Ruas foram fechadas, inserções no horário nobre alterando o padrão Global, interditou-se ruas, avenidas, IML, a delegacia trabalhou apenas nisso!! No caso da menina Eloá, foram 100 horas em que famílias não puderam retornar aos seus lares. Isso mesmo, foi necessária a interdição de vários apartamentos.
No caso do seqüestro do menino Ives, do empresário Beltrão, Abílio Diniz, dos repórteres da TV Globo, do homicídio de Tim Lopes, a polícia trabalhou horas sem interrupção. Tenho amigos que não puderam nem ir para casa. Em todos esses casos não houve reclamação. Por isso pergunto: Policial é gente? Policial é humano?
          Tenho um filho e a esposa na polícia. Tenho incontáveis amigos que quero como irmãos na polícia. Tenho diversos amigos na polícia. Tudo isso me machuca, me ofende.
          No seu CPP de 2000 Nucci defendia que contra o policial sempre cabia prisão preventiva, posição retirada, mas nunca corrigida, pois nunca apresentou o policial como ser humano credor de direitos humanos. Em julgado recente, o STF, em pleno direito penal do autor, decidiu que o policial deve sempre ficar preso, pois sua missão é defender a sociedade e, quando age de forma diferente, deve permanecer preso. E o jornalista Pimenta das Neves? O médico Farah que picotou sua vítima, E OS JUÍZES QUE VENDERAM SENTENÇAS E FORAM APOSENTADOS COM VENCIMENTOS INTEGRAIS, ou já se esqueceram de Vicente Leal? Por tudo isso, pergunto: policial é gente? Será que vem da sociedade?
          Trabalhei muito tempo em hospital para saber que médico não cobra de médico, que engenheiro não cobra de engenheiro e, como advogado, não cobro de advogados. Não se trata de corporativismo, mas de companheirismo. Há um velho ditado que diz: "na hora da dificuldade o ser humano roga a Deus e clama pela polícia". Passada a emergência, esquece-se de Deus e amaldiçoa a polícia. É verdade. A nossa imprensa pequena e comezinha ainda está presa a dogmas do jornalismo do século 19. A única norma constitucional que os jornalistas conhecem é a liberdade de expressão. Qualquer atividade, como a proibição da divulgação de grampos ilegais fere a liberdade de expressão, ainda que para exercê-la humilhem e massacrem pessoas que depois se descobre inocentes. Em Questão de Honra, Tom Cruise, um advogado militar, pergunta a sua colega porque ela se importava tanto com os sentinelas processados, a que ela responde: porque quando deito, durmo sossegada, sabendo que eles estão vigilantes e, que naquela noite nada vai me acontecer.
         
          Abraços, e que Deus proteja, para quem acredita nele, os nossos policiais e, para quem não acredita, boa sorte!!
        JÁ ESTAVA MAIS DO QUE NA HORA DE ALGUÉM GRITAR!!!
"Quem poupa o lobo, sacrifica a ovelha"

"Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas tu não serás atingido." Salmo 91

ROBERTO E RODRIGO - VICIADOS EM AMOR



EU CONHEÇO E APROVO, SÃO BONS MENINOS HEIN

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Jovem presa e apelidada de 'gata do crime' diz que nunca roubou antes

Plantão | Publicada em 10/01/2011 às 08h59m
Fantástico
 
SÃO PAULO - Ela saiu de Santa Catarina e foi para São Paulo com o sonho de ser advogada, e acabou na cadeia. Marinês Schultz é uma morena de olhos verdes, rosto e corpo de modelo, que foi usada pelo crime. Marinês foi presa em Campo Limpo Paulista, a 62 km da capital paulista, depois de ser reconhecida. A beleza e o porte dela chamaram a atenção da polícia. A jovem acabou apelidada de 'gata do crime'.

- Eu creio que não era pela minha beleza, mas sim pelo meu saber. Pelo meu estudo que eles sempre pediam para eu fazer alguma coisa, ir no banco junto com eles, assim. Ou shopping ou contas. Eles queriam, devido ao meu nome está limpo - diz.

Bandida ou uma jovem ingênua?
A polícia ainda investiga a ligação dela com roubos e drogas e tenta traçar um perfil da personalidade dessa moça de apenas 18 anos.
- Nunca roubei antes - afirma.
A polícia tenta traçar um perfil da jovem, que vivia em Iporã do Oeste, interior de Santa Catarina, quase divisa com a Argentina. Marinês morava com a mãe viúva e um irmão adolescente, até agosto do ano passado.
Ela deixou a casa simples na zona rural da cidade dizendo para a mãe que queria um futuro melhor. Queria trabalhar e estudar Direito. Mas perdeu o emprego e, longe da família e aparentemente ingênua, foi atraída por más companhias.
A mãe de Marinês, Dona Lourdes, toca sozinha o sítio e chegou a enviar dinheiro para ajudar a filha em São Paulo.
- Mandei R$ 1.200 - contou ela.
Marinês não conta, mas a mãe garante que a filha vivia sob ameaça em São Paulo:
- Sendo ameaçada. Isto aí que ela estava falando para mim. Ela não podia nem dizer certo onde ela estava morando. E eu insistindo para ela: 'aonde você está? "'Mãe eu não posso falar porque eu estou sendo vigiada", ela dizia.
A jovem admite que vivia em baladas regadas a drogas, mas diz que não usava drogas.
- Estou com vergonha por envergonhar a minha mãe e gostaria de ir embora, só isso. O que eu fiz teve as consequências e essas consequências eu vou ter que enfrentar - diz a jovem.
A polícia prendeu o trio porque reconheceu o rosto da moça.
- Nós tínhamos as imagens do circuito interno de monitoramento quando passou o trio e a moça chamou a atenção, até porque era uma moça bonita. O pessoal fez um comentário e quando olhamos fixamente, percebemos que se tratava do trio que havia praticado o roubo no supermercado - conta o policial José Roberto Ramalho.
Foi assim que Marinês virou personagem das páginas policiais. Ao passar perto do posto da Guarda Municipal, foi presa com dois cúmplices: um homem e uma menor de idade.
Marinês estava junto com um casal que assaltou o supermercado com uma arma. A câmera de segurança mostra a jovem passando atrás deles na hora do crime. Foram levados desodorante, creme de cabelo e uísque, além do dinheiro do caixa, cerca de R$ 150.

- Foi de última hora eles assaltaram, porque nem eu sabia, e se eu soubesse, com certeza, não teria ido junto com eles lá - diz ela.
Para chegar no supermercado, o casal e Marinês roubaram o carro de um taxista.
- Foram dois crimes na sequência. Se as penas forem somadas, vai fazer com que permaneçam um tempo na cadeia - afirma o delegado Marcel Fher.
Marinês está na cadeia de Itupeva na Grande São Paulo.

Delegados pedem PF forte e alertam: 'Não há política de segurança pública''

Em carta ao ministro da Justiça, sindicato da corporação aponta 'falta de recursos e quadros reduzidos' e sugere que Polícia Federal opere aos moldes de FBI americano, com requisição de outras forças policiais e parceria direta com a Abin

    Fausto Macedo - O Estado de S.Paulo
     
    Em carta ao ministro José Eduardo Martins Cardozo (Justiça), delegados da Polícia Federal expõem ansiedades e aflições da classe e colocam à mesa uma pauta de metas e ações que reputam vitais para o futuro da corporação. O documento "PF e a segurança pública" foi produzido pelo Sindicato dos Delegados da PF em São Paulo, Estado onde a corporação detém maior contingente de homens.
    Beto Novaes - Novembro/2002
    Beto Novaes - Novembro/2002
     
    Missão. Policiais da Operação Cobra em pista clandestina na Amazônia: abandono da ação cria "situação caótica", diz documento

    São cinco páginas nas quais os delegados pontuam medidas para o combate ao crime organizado. A carta não guarda um gênero hostil, nem de cobranças. Adota uma linha de sugestões, distribuídas em nove capítulos.
    Alguns aspectos são abordados com maior preocupação e intensidade - falta de recursos, quadros reduzidos, as fronteiras extensas e desprotegidas e necessidade de valorização da área de inteligência para ampliar o cerco a fraudadores do Tesouro, narcotraficantes e o mercado negro de armas.
    "Não existe no Brasil uma política de segurança pública, o que enfraquece e desvirtua a atuação do Estado no combate ao crime organizado", assinala o texto, formalmente subscrito pelo delegado Amaury Portugal, presidente do sindicato e diretor regional da Associação Nacional dos Delegados da PF.
    Embora não preparado pela administração geral da PF, o documento expressa pensamentos e pleitos da maioria dos delegados, mesmo daqueles que não são ligados ao sindicato. Os federais ressaltam que sua pretensão é alertar o governo para pontos vulneráveis da instituição que tem a missão constitucional de combater a corrupção e desvios de recursos públicos.
    "O ideal seria que a PF tivesse poder de requisição de contingentes de outras forças policiais e militares para execução de operações, como ocorre com o FBI (a polícia federal dos EUA) que, inclusive, pode avocar qualquer procedimento policial em todo o território americano", propõem.
    "A troca de informações e inteligência entre as várias forças, inclusive a Agência Brasileira de Inteligência, deveria ser centralizada na PF que atuaria como base estratégica para operações conjuntas em todo o País", recomendam. "Sem medidas contundentes, enérgicas e bem coordenadas envolvendo todas as forças, logo poderemos conviver com Estados paralelos, dominados pelo crime organizado."
    Ação conjunta das polícias para ocupação do Complexo do Alemão, no Rio, é citada. "Somente a integração e o planejamento operacional de várias forças, inclusive Exército, Marinha e Aeronáutica, possibilitou a tomada dos morros cariocas. Sem uma base única doutrinária e de planejamento nunca manteremos essa escalada contra o crime."
    Abandono. Falam do "abandono" dos federais de fronteiras - em novembro, dois agentes em uma lancha sem blindagem da PF foram fuzilados por traficantes peruanos em um afluente do Amazonas. "Os policiais que trabalham nessas regiões estão completamente abandonados, sem cobertura de contingentes das forças militares que deveriam estar sob requisição da PF. Situação é caótica."
    Os federais mencionam a Operação Cobra, desencadeada em 2000 para o combate permanente na Amazônia contra o tráfico e a guerrilha colombiana. "A PF contou com o apoio do governo americano, com ajuda financeira de US$ 12 milhões e a compra de avião e helicóptero. Até 2007, atuavam na Cobra 120 policiais federais, hoje 20 agentes estão nessa operação."


    Balanço
    Número de operações da Polícia Federal e de prisões cresceram durante o governo do ex-presidente Lula (2003-2010)
    1.273
    foi o total de operações realizadas pela PF durante os oito anos do governo Lula
    270
    operações foram deflagradas em 2010 e resultaram em 2.734 prisões
    58
    operações foram deflagradas em 2003/2004, com 926 prisões
    15.754
    prisões, no total, foram feitas entre 2003 e 2010
    1.882
    servidores públicos e 99 policiais federais estavam entre os presos nas operações da PF no mesmo período
    

    domingo, 9 de janeiro de 2011

    Toupeiras e o furto ao Banco Central de Fortaleza

    07/01/2011
    por cultcoolfreak

    Ex-investigador retrata a história do assalto ao Banco Central de Fortalleza

    da Livraria da Folha
    Em agosto de 2005, ocorreu em Fortaleza o maior assalto a banco do Brasil. O Banco Central da cidade foi invadido através de um túnel escavado a partir de uma casa alugada. A quadrilha levou R$ 164,7 milhões na ação.
    Este episódio tornou-se livro, escrito por Roger Franchini. Ele é advogado e trabalhou por seis anos como investigador da Polícia Civil do Estado de São Paulo. Esta experiência é o que faz com que “Toupeira – A História do Assalto ao Banco Central” tenha informações privilegiadas.
    Em forma de narrativa, ele acompanha as ações de todos os envolvidos no crime. Primeiro ele vai à cena do crime, onde perceberam o sumiço de quase R$ 170 milhões. Depois, passa à investigação, a descoberta dos túneis e todo o plano do grupo.
    Conforme avança no caso, Franchini revela casos de corrupção na alta cúpula da polícia e destrincha o crime organizado. O caso serviu de ponto de partida para a descoberta de outros esquemas envolvendo túneis para fugas e assaltos.
    O livro inicia a coleção “Grandes Crimes”, da editora Planeta, publicando casos de polícia que marcaram a sociedade brasileira.
    A história virará filme em 2011, com Milhem Cortaz, Lima Duarte e Giulia Gam no elenco.
    Toupeira – A História do Assalto ao Banco Central
    Autor: Roger Franchini
    Editora: Planeta
    Páginas: 208
    Quanto: R$ 19,90
    Onde comprar: Pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha

    Por trás do uniforme, policiais se transformam em musas do Carnaval no Rio de Janeiro

    Fabíola Ortiz
    Especial para o UOL Notícias
    No Rio de Janeiro


    • A inspetora da Polícia Civil Isabella Magacho participou do concurso para Rainha do Carnaval do Rio e conquistou o posto de princesaA inspetora da Polícia Civil Isabella Magacho participou do concurso para Rainha do Carnaval do Rio e conquistou o posto de princesa

    Duas policiais do Rio de Janeiro deixam o uniforme de lado durante o Carnaval para virarem musas da Sapucaí. A tenente da Polícia Militar Júlia Liers, de 25 anos, e a inspetora da Polícia Civil Isabella Magacho, de 33, dividem o tempo entre a carreira e o samba.
    “A presença feminina na polícia é muito reduzida, somos não mais do que 4.000 mulheres na corporação para cerca de 40 mil policiais. Tudo o que fazemos chama a atenção. Eu fui pioneira, foi algo inédito na PM. Ninguém nunca tinha se deparado com isso”, diz Júlia Liers que, depois de encerrar o expediente como tenente de Relações Públicas no 23º Batalhão da PM no Leblon, zona sul da capital, corre para os ensaios nas quadras das escolas de samba.
    Júlia vai desfilar neste ano na Sapucaí como musa da Porto da Pedra, do Grupo Especial. “É o meu momento de lazer. Tenho apoio dos meus superiores, do meu comandante do batalhão e do comandante geral da PM. O comandante tinha receio de comprometer a imagem da corporação, o que não aconteceu. Ele reconheceu que a minha decisão é pessoal, mas pediu para evitar exposições desnecessárias.”
    Mesmo que um seja trabalho e outro, diversão, para a policial civil Isabella Magacho há pontos em comum entre ambos: “Nos dois, tem que ter compromisso e responsabilidade”.

    Vídeo feito pela PM mostra tenente em samba realizado em UPP


    Em outubro de 2010, a inspetora passista participou do concurso para Rainha do Carnaval do Rio e conquistou o posto de princesa. Isabella integra agora a Corte Real e representa as escolas de samba e blocos carnavalescos. Entre idas e vindas, gravações e apresentações no “Viradão do Momo” que, durante 72 horas reuniu diversos shows nas quadras das escolas do Grupo Especial, a inspetora conversou com o UOL Notícias.
     “Comecei a me preparar para participar do concurso [da Rainha do Carnaval]. Eu me preparei muito para isso. Era o meu sonho, mas não é moleza”, afirma. Para ser rainha do Carnaval, os requisitos são muitos: não basta ter beleza, tem que ter desenvoltura e muito samba. Isabella diz que malha na academia de ginástica e também faz aulas de pole dance para “ajudar na resistência”.
    Paralelamente, a inspetora continua na rotina de investigações policiais: Isabella participou do cerco ao Complexo do Alemão, no final de novembro, quando as forças de segurança expulsaram a facção criminosa que controlava o tráfico de drogas na comunidade. “Fomos apurar uma informação de que havia armas. E fui lá armada com a minha pistola. São rotinas diferentes.”
    Já a tenente Júlia, além de dar expediente de segunda à sexta-feira, ainda tem que cumprir uma escala de plantões de 24 horas quatro vezes ao mês. “Se eu pudesse, agora eu me dedicaria integralmente ao samba neste mês”, confessa.
    A musa da PM anda armada com um fuzil que pode pesar entre dois e quatro quilos e, depois do expediente, realiza ensaios todo fim de semana. Para manter a forma, Júlia malha todo dia cerca de duas horas e ainda cumpre uma dieta rigorosa com um nutricionista especializado em medicina esportiva.
    “Sambar também cansa”, afirma Júlia, que já se acostumou a usar um salto de 15 centímetros e uma fantasia que pesa cerca de três quilos.
    Para este ano, já programou uma cirurgia plástica. “Vou ter que colocar silicone nos seios. Não estou contente com os meus.”

    Discriminação no trabalho

    A oficial Júlia Liers admite que já sofreu discriminação na profissão. “Um preconceito velado com atitudes que tentavam me rotular, teve gente que não apoiava a minha conduta.” Mas ela não dá motivos, afirma. “Desfilei no Carnaval em 2010 e trabalhei. Saí na avenida no domingo e na segunda-feira e trabalhei na terça-feira de Carnaval”.
    Na Delegacia de Homicídios de Niterói, onde Isabella trabalha, todos os seus colegas sabem de seu envolvimento com o samba. Antes ela era passista, mas saia anônima, depois, como musa, passou a chamar mais atenção. Para sair na passarela a primeira vez, Isabella teve que comunicar aos seus superiores, que a impediram de fazer fotos “comprometedoras”.
    “Todo mundo já sabe, me respeitam e admiram. Muitos acham até corajoso. No começo eu ficava meio receosa. Os colegas de profissão já sabiam que eu amava o Carnaval, de noite normalmente eu estava na escola. Eu só não esperava ir tão longe e virar musa”, disse. “Se tivesse que optar, seria pelo meu trabalho. Eu escolhi a minha profissão, tenho orgulho, é desafiante e intenso. O samba é para relaxar”, diz a inspetora formada em Direito.
    O samba é da “alma carioca” independente da profissão, concordam as duas policiais. “Muitos não fazem ideia da quantidade de policiais envolvidos com samba. Têm policiais sambistas compositores que já venceram concursos nas escolas de samba”, diz Júlia.
    A tenente da PM defende ainda que mais mulheres policiais se envolvam com o samba. “A gente tem que se afirmar. Nós somos poucas, tudo que for lícito nos pertence sem medo de sofrer represálias. O meu sonho é sair como rainha de bateria na Mangueira e comandar a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) na Mangueira”, afirma Júlia.
    Perguntadas se já receberam propostas para posar nua em revistas masculinas, as duas agentes de segurança disseram que já foram sondadas. Para a tenente Júlia, esta será uma difícil decisão: posar nua ou sair da polícia. Por enquanto, ela afirma que quer permanecer, retomar os estudos e trabalhar no Judiciário. “Mas se eu tivesse que escolher entre polícia e samba… não dá, os dois caminham juntos, até eu fico perdida.”
    Já a inspetora Isabella é categórica: posar nua não faz parte dos seus planos por questões profissionais e familiares. “Na minha casa ninguém gosta de samba, só eu.”

    sábado, 8 de janeiro de 2011

    Delegado ameaçado denuncia: permanece esquema de corrupção na polícia

    conspiração para matar
    Em texto enviado com exclusividade ao blog REPÓRTER DE CRIME, o delegado Alexandre Neto, da Polícia Civil do Rio, denuncia que o esquema de corrupção montado pelo ex-chefe da Polícia Civil, Álvaro Lins - ex-deputado cassado - continua "com a parcimônia dos comandos das polícias, que fingem não enxergar o óbvio". Neto, que escapou de atentado praticado por policiais militares em 2007, voltou a ser alvo de uma conspiração para matá-lo. O plano foi abortado pela Secretaria de Segurança. do Estado do Rio. Em 2006, Neto foi um dos poucos policiais que teve a coragem de denunciar à Polícia Federal o envolvimento de policiais civis e militares com a máfia dos caça-níqueis.
    A íntegra da mensagem de Neto ao blog é a seguinte:
    "Prezados Blogueiros,

    Inicialmente, congratulo-me com a "muda", "Anhanguera", "OCombatente", "CANADEAÇÚCAR" [os "nicks" são usados por leitores e comentaristas deste blog] e outros que almejam uma polícia melhor e, de certa forma, me prestaram alguma solidariedade em razão da notícia veiculada pelo jornal “O Dia”. Nós, que pertencemos aos quadros da "força", sabemos que não basta a simples vontade política para mudar as polícias, sejam elas civil ou militar. A moral de quem comanda é imprescindível. E ela não é imposta a quem quer que seja pelo simples acesso ao cargo de comando a ser ocupado. Como diz um velho ditado popular, "tartaruga não sobe em poste. Se ela está lá foi porque alguém a colocou naquele lugar". A estrutura de corrupção montada pelo ex-chefe de polícia Álvaro lins e pelo ex-governador de nosso estado deixou tentáculos profundos nas organizações policiais. Foram 8 (oito) anos ininterruptos de corrupção, mortes e extorsões que envolveram agentes e autoridades totalmente descompromissadas com o interesse público.
    Para eles prevalecia o interesse particular. Tudo isso acompanhado de perto pelo Ministério Público e pelo próprio Poder Judiciário estadual. Todo mundo sabia do extenso esquema de arrecadação montado, de cima para baixo, impunemente, dentro do estado. As Operações GLADIADOR, HURRICANE e SEGURANÇA PÚBLICA S/A, patrocinadas pela Polícia Federal e pelo MP Federal, deixaram patentes o envolvimento de policiais civis e militares com o crime organizado, além do sério comprometimento da própria cúpula estatal. As condenações impostas aos criminosos demonstraram isso.
    A missão que se seguiu, imposta ao Dr. Beltrame, é árdua. Muito árdua. Ela requer paciência e estratégia, pois ninguém vai conseguir desmontar em 4 (quatro) anos um “esquemão” que foi montado em mais de 8 (oito) e, infelizmente, ainda perdura. E perdura com a parcimônia dos comandos das polícias, que fingem não enxergar o óbvio. Que ainda esperam pela iniciativa de outras Instituições para fazer a faxina em seus próprios quadros. Ninguém vai conseguir purificar almas que acreditaram na impunidade e lucraram – e ainda lucram - com ela. A missão é quase impossível, mas alguém tem que levá-la adiante, seja para o bem das polícias, seja para o bem da própria sociedade.
    Sei dos riscos que enfrento, bem como outros colegas e o próprio secretário Beltrame. Somente um assassinato covarde poderá me silenciar. Mas não hesitarei em caminhar pra frente, sempre lutando por uma polícia judiciária independente, que não se submeta a caprichos de outros poderes ou se afigure refém dela mesma, diante dos péssimos quadros funcionais que surgem, patrocinados pelo crime organizado que perpassa o próprio estado. Isso indica que estamos no caminho certo. Essas chagas ainda abertas indicam que as polícias precisam de um tratamento sério e eficaz. Indicam que os bons policiais precisam ser valorizados, para que não sejam cooptados pela chamada “banda podre” e por aqueles que a patrocinam. Sob esse aspecto, a simples vontade política se mostra imprescindível."
    Os responsáveis pela conspiração para matar o delegado já foram identificados e espera-se agora que a Secretaria de Segurança seja rigorosa no inquérito que vai levá-los à Justiça. Num momento em que toda a sociedade participa com entusiasmo do cerco do Estado ao crime organizado no Rio, não é possível admitir a hipótese que agentes da lei sejam alvos de represálias de criminosos por conta de uma conduta firme e irrepreensível no combate ao crime.

    quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

    O PM Claudio Rogerio Rodrigues acusa a Polícia Militar de expulsá-lo do curso de formação da Academia Barro Branco por ele ser homossexual

    PM diz que foi expulso da Academia
    do Barro Branco por ser gay
    Corporação diz que policial omitiu informações no processo de seleção
    Fernando Gazzaneo, do R7
    Fonte: http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/pm-diz-que-foi-expulso-da-academia-do-barro-branco-por-ser-gay-20110104.html
    Texto:
    O PM Claudio Rogerio Rodrigues acusa a Polícia Militar de expulsá-lo do curso de formação da Academia Barro Branco por ele ser homossexual. Segundo ele, a corporação apresentou à Justiça alegações imprecisas para justificar o afastamento dele.
    Após a expulsão, Rodrigues diz que a PM o obrigou a voltar a ser cabo, apesar de ele ter passado no vestibular para o curso de tenente, um dos mais concorridos da Fuvest (vestibular da Universidade de São Paulo).
    Em nota, a PM diz que agiu com rigor, pois o policial omitiu informações no processo de seleção. “A conduta é um aspecto fundamental para que tenhamos bons quadros e evitar problemas graves ao cidadão”, diz o comunicado.
    O policial militar já trabalhava como cabo da PM desde 2002 e, em fevereiro de 2009, entrou para a Academia Barro Branco, na zona norte de São Paulo, após ser aprovado no vestibular da USP. Em abril daquele ano, ele conta ter sido chamado ao setor de investigação da academia para responder a perguntas que fariam parte de processo previsto no edital da corporação.
    - Todas as perguntas queriam chegar à minha opção sexual. Primeiro, me acusaram, dizendo que alguém me flagrou fardado fazendo sexo com um homem. Depois, me perguntaram por que eu era amigo de pessoas do teatro e por que tinha 28 anos e ainda não era casado. Na ocasião, neguei que fosse homossexual.
    “Discriminação velada”
    Rodrigues conta que a PM alegou “motivo sigiloso” para justificar a expulsão em 18 de maio de 2009. Cerca de três dias depois, ele entrou com uma ação na 7ª Vara da Fazenda Pública. O juiz então determinou que ele fosse readmitido na corporação e exigiu que a PM apresentasse em dez dias explicações para a expulsão. O policial retomou o curso.
    - Após o parecer da Justiça, amigos policiais começaram a receber ligações da diretoria perguntando se eles sabiam que eu era gay, se já tinham presenciado alguma situação que pudesse ajudar na acusação.
    À Justiça, conta o policial, a PM alegou que o desligamento aconteceu depois que o aluno omitiu informações dentro do processo de investigação social ao responder que não havia se envolvido em nenhuma ocorrência militar.
    - Uma vez, eu estava à paisana, esperando o trem na estação da Luz. Havia um homem dormindo com as pernas abertas e ocupando parte do banco. Empurrei a perna dele algumas vezes. Ele acordou, me chamou de viado e me acusou de estar passando a mão nele. Descobri então que ele era polícia militar e trabalhava na Corregedoria.
    Os dois PMs foram até uma delegacia, mas um boletim de ocorrência não foi registrado, pois o titular de plantão, “entendeu que a briga era molecagem”. Uma investigação preliminar também foi aberta dentro da Corregedoria, e a conclusão dela foi de que “não restou provado ilícitos praticados por nenhum dos PMs envolvidos”.
    - Por isso, respondi que não havia me envolvido em nenhuma ocorrência policial.
    A instituição, conta Rodrigues, usou informações dessa investigação preliminar da Corregedoria para pedir a anulação da decisão liminar (provisória) que determinava a permanência dele na Academia Barro Branco.
    - Eles usaram só o depoimento do policial militar, que alegou que eu passei a mão nele, para pedir novamente minha expulsão. Não apresentaram o depoimento das testemunhas. Condicionaram as provas para que eu fosse expulso. Não houve ocorrência policial, porque nem boletim foi registrado.
    A liminar foi cassada e o policial, expulso pela segunda vez em fevereiro do ano passado. Depois disso, ele entrou com uma ação e dois de três desembargadores da 2ª Câmara do Direito Público votaram a favor do afastamento, com base nas informações da PM, conta o policial afastado. Rodrigues diz que entrou com novo recurso e aguarda o julgamento dele. Não há prazo ainda para que isso aconteça.
    - A PM é tecnicamente contra a homofobia e não há nenhum cláusula que impeça o ingresso de um homossexual na corporação. Mas o que aconteceu é uma discriminação velada. Fui expulso por ser gay.
    Outro lado
    Em nota, a PM informou que “todos os processos seletivos da Polícia Militar visam a trazer para a instituição pessoas que possam efetivamente prestar um bom serviço ao cidadão”. O texto diz que “no caso específico, já sendo policial militar, sabedor das regras de conduta, a omissão se torna um aspecto mais grave ainda, motivo pelo qual houve a recusa para o ingresso na Academia do Barro Branco. Ao preencher o formulário de Investigação Social, o candidato tinha pleno conhecimento das consequências das inexatidões, omissões e falseamentos.

    Perdendo o medo do Papai Noel

    PERDENDO O MEDO DE PAPAI NOEL
    (Autor: Antonio Brás Constante)




    Lucas não gostava do Natal, pois morria de medo daqueles velhinhos que ficavam nas lojas, vestidos de vermelho e com barbas brancas, que pegavam crianças no colo e lhes desejavam feliz natal.

    Seus pais se esforçavam para que ele perdesse aquele medo injustificado pelo bom velhinho. Tentavam demonstrar de todas as formas que o Papai Noel era camarada, amigo das crianças e muito bondoso até com os animaizinhos do bosque encantado de Natal.

    Diziam que ele sempre vinha à noite. Com um saco cheio de presentes. Entrava furtivamente nas casas quando todos estavam dormindo, e preparava belas surpresas para a família inteira, pois ele era a personificação do espírito natalino, algo maravilhoso e que não deveria ser temido e sim glorificado.

    O Natal foi se aproximando, e aos poucos Lucas foi perdendo o medo. Mas ainda assim não acreditava que aquele tal de papai Noel existisse. E foi assim, todo desconfiado, que foi dormir na noite da véspera do dia 25 de dezembro.

    Acordou de madrugada, com um som vindo da sala. Foi caminhando bem quietinho até lá para ver o que era aquele barulho. Para seu espanto, viu aquela figura de barba branca, roupa vermelha e com um saco cheio de coisas nas costas.

    Ficou ali olhando para ele sem acreditar. Foi quando o estranho vulto, sentindo a presença do garoto, lhe deu um belo sorriso junto com algumas balas de iogurte. Dirigiu-se para a janela aberta e saiu por ela, sumindo na noite.

    A partir daquela data, Lucas não teve mais medo de papai Noel. Já os seus pais que ficaram a noite inteira amarrados, amordaçados e trancados dentro do banheiro (enquanto o “bom velhinho” lhes roubava a casa), passaram a temer as noites de Natal.