quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Justiça decreta prisão de suspeito de agressão contra jovem na Paulista

Rapaz de 19 anos é o único envolvido maior de idade no episódio.
Decisão da Justiça saiu na tarde desta terça-feira (19).

Do G1 SP
agressão av. paulistaCâmera filma agressão na Paulista (Reprodução)
A Justiça de São Paulo decretou nesta terça-feira (21) a prisão do único rapaz maior de idade envolvido na agressão a um jovem na Avenida Paulista. Jonathan Lauton Domingues, de 19 anos, indiciado por lesão corporal grave e tentativa de homicídio está em liberdade. Agora ele é procurado pela polícia. O G1 não conseguiu localizar o advogado de Domingues.
Os quatro garotos suspeitos de agressão estão internados provisoriamente na Fundação Casa após a Justiça decretar o recolhimento deles em 23 de novembro.
A decisão pela internação ocorreu após imagens gravadas por câmeras de segurança de prédios da Avenida Paulista mostrarem as agressões cometidas pelos adolescentes. Em uma das cenas, um dos garotos, de 16 anos, bate e um jovem com lâmpadas fluorescentes, ferindo o rosto da vítima, sem qualquer motivo aparente.
Baseada numa lei estadual anti-homofóbica, a Defensoria Pública de São Paulo entrou na quinta-feira (16) com uma denúncia administrativa na Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania para pedir que a comissão do órgão aplique uma multa de R$ 80 mil para os cinco suspeitos.
A defensora Maíra Diniz, coordenadora do Núcleo de Combate à Discriminação, Racismo e Preconceito da defensoria, afirmou que duas das vítimas relataram para ela que a motivação dos ataques foi homofóbica.
De acordo com a coordenadora do Núcleo de Combate à Discriminação, Racismo e Preconceito da Defensoria Pública, ela irá basear seu pedido à secretaria na lei estadual 10.948 de 2001 de combate à homofobia.
Segundo a defensora, ela pediu a aplicação de multa de R$ 16 mil para cada um dos cinco suspeitos. “O dinheiro poderá ir para um fundo de políticas públicas de diversidade sexual se a comissão da Secretaria da Justiça assim decidir”, disse Maíra.
Na madrugada de  5 de dezembro houve mais um ataque contra homossexuais na região da Avenida Paulista. Câmeras de segurança registraram o momento em que as vítimas foram agredidas violentamente por um homem. Nos últimos meses, foram pelo menos seis ataques na região, com oito vítimas feridas.

Vídeo coloca ação de policiais da Rota sob suspeita

Juíza assistiu imagens e mandou soltar três suspeitos de tráfico.
Para ela, policiais alteraram a cena do crime.

Do G1 SP
Três acusados de tráfico de drogas estão soltos, porque policiais militares das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) teriam alterado a cena do crime. Uma juiza revogou a prisão depois de ver as imagens gravadas por câmeras de segurança, no local onde supostamente estaria armazenada a droga.
Imagens mostram quando policiais da Rota aparecem do lado de fora do galpão conferindo o pó branco. Já dentro do galpão, eles tiram os sacos da mala e começam a despejar o conteúdo num tambor. Segundo o boletim de ocorrência, lavrado pelos próprios policiais, o pó branco seria cocaína.
Vários policiais entram e saem do galpão. Assim que um deles percebe que o grupo está sendo gravado, dá um tapa na câmera. Em seguida outros policiais saem à procura da central que controla as gravações. Eles encontram outra câmera, que também é danificada.
O que eles não contavam é que o monitoramento também estava sendo feito de um outro lugar.
As imagens foram gravadas em outubro do ano passado.  Tudo aconteceu em um depósito de material de construção, no parque Santa Madalena, periferia da zona Leste. Na época, os policiais registraram a ocorrência como um flagrante de apreensão de drogas.
O dono do depósito, um funcionário e a mulher dele tiveram a prisão preventiva decretada por tráfico de drogas. E não foram presos porque as imagens foram parar na justiça.  Depois de assistir à gravação, a juíza Daniela Martins de Castro revogou a prisão dos acusados e encaminhou o vídeo para a corregedoria da Polícia Militar, a Secretaria de Segurança Pública, a Justiça Militar e pediu providências.
No despacho, a juíza diz: as imagens mostram que os policiais mexeram na droga e alteraram a cena do crime. E só por este motivo as provas contra os acusados ficaram comprometidas. A corregedoria da PM instaurou um inquérito para investigar a conduta dos policiais. A apuração está sendo acompanhada pela Justiça Militar. Os PMs que aparecem no vídeo foram afastados no começo das investigações. Mas a coorporação não confirma se eles voltaram às ruas.
Especialista em segurança, José Vicente da Silva assistiu à gravação. Segundo ele, os policiais infringiram várias normas da PM e cometeram crimes.
“Há toda uma cadeia de procedimentos criminosos praticados por criminosos fardados. O fato de ter essa droga e não ter apreendido já seria um crime. O policial quando apreende uma droga em qualquer que seja a circunstância ele imediatamente tem que ser levada para apreensão da Polícia Civil. Então isso mostra que eles estavam num comportamento indevido ali.”

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Beltrame para a Polícia Federal – II

Quando a PF era Republicana, Dantas foi algemado (2 vezes)


Não se sabe de alguém que a presidente Dilma Rousseff já tenha escolhido para dirigir a Polícia Federal.

Não se acredita também que a presidente aceite manter o diretor geral Luiz Fernando Corrêa que, até hoje, não achou o áudio do grampo.

E, por isso, deu para perseguir do deputado federal diplomado Protógenes Queiroz.

Este ordinário blogueiro acredita que a presidente Rousseff queira devolver à PF a condição de instituição “republicana”, que perdeu quando o ínclito delegado Paulo Lacerda foi defenestrado para Portugal.

Depois de meditar sobre a notícia de “bancos privados também sobem o Alemão e seguem as UPPs”, este ordinário blogueiro considerou que seria, de novo, uma boa ideia mandar o delegado Beltrame (da Polícia Federal) para a diretoria geral da PF.

Como sabe a presidente eleita, não há nenhuma experiência no Brasil mais eficaz contra o tráfico e a reconquista do território do que o trabalho de Sérgio Cabral e Beltrame, no Rio.

A propósito, amigo navegante, leia o que este ordinário blog escreveu sobre Beltrame, no dia seguinte à reconquista do Alemão:

http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2010/11/29/nao-e-sobre-drogas-e-sobre-territorio-e-armas-estupido/

18 lições para prender colarinho branco. Ou como Dantas poderá escapar


Confio na Justiça do meu país, diria o Maluf

Saiu na Carta Capital desta semana, na pág. 64, artigo exemplar do corajoso Juiz Fausto Martin De Sanctis: “A probidade em 18 lições – os atores públicos devem possuir a exata noção entre o exercício da autoridade e aquele do poder”.

“Um sistema judiciário tímido ou inoperante  torna ineficiente qualquer mecanismo de combate ao crime”.

De Sanctis prendeu Daniel Dantas duas vezes – porque o apanhou no ato de passar bola a um agente federal, numa “ação controlada” por De Sanctis e pelo ínclito delegado Protogenes Queiroz.

(Por falar nisso, o que tem feito o Procurador de Grandis ?)

Como se sabe, o ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas (*), inscreveu-se na Historio do Judiciário deste país ao conceder dois HCs a Dantas no espaço de 48 horas !

De Sanctis oferece aos leitores da Carta Capital dezoito lições para manter Dantas e assemelhados na cadeia.

Por exemplo,  reforçar a liberdade de imprensa, a delação premiada, a ação controlada e o grampo legal; acabar com o foro privilegiado do Maluf (PHA); ampliar a responsabilidade penal do criminoso do colarinho branco; exigir a identidade completa de investidores em empresas no exterior e a identificação de socios de empresas offshore; estabelecer critérios para a nomeação de ministros e conselheiros dos tribunais de contas superiores e membros o ministério público; tirar a Policia Federal das mãos do Luiz Fernando de Souza (PHA; quer dizer, dar a ela independência funcional e administrativa, como a do  Dr Paulo Lacerda (PHA).

Tudo muito bom.

Poderia ser, por exemplo, a agenda de trabalho do ínclito delegado Protogenes Queiroz, agora deputado federal diplomado (para desespero do Corrêa).

Só que …

Navalha
A Justiça Federal de São Paulo conseguiu suspender as investigações da Operação Satiagraha por um ano e dois meses.
Tudo parado.
Uma delícia, para o Daniel Dantas.
Uma juíza queria tirar a Satiagraha do De Sanctis.
O TRF-3 levou um ano para julgar a pretensão extravagante.
Por maioria esmagadora, devolveu a Satiagraha ao De Sanctis.
Quer dizer, devolveu, mas …
Devolveu duas semanas antes de De Sanctis ser “promovido”.
De Sanctis foi promovido a Desembargador para cuidar dos velhinhos.
Dos litígios dos pensionistas da Previdência.
Viva o Brasil !
Agora, vai ser preciso recomeçar as investigações da Satiagraha.
Duas estão “paradas”.
A que permitiu a criação da P-36 do Governo Lula, a BrOi.
E a que trata das fazendas/mineradoras do Dantas.
A questão toda se resume a uma pergunta elementar.
O Dantas vai ficar feliz com o substituto do De Sanctis ou vai ficar triste ?
Só no Brasil um passador de bola apanhado no ato de passar bola pode ter o direito de escolher quem deve julgá-lo.
Viva !




STF nega sigilo de processo pedido pelo presidente do STJ, que responde por crime de injúria

“Nada pode autorizar o desequilíbrio entre os cidadãos da República. Nada deve justificar a outorga de tratamento seletivo que vise dispensar determinados privilégios, ainda que de índole funcional, a certos agentes públicos”.
Este foi o raciocínio do o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, ao negar a decretação de sigilo sobre o processo em que o presidente do Superior Tribunal de Justiça, Ari Pargendler, é acusado de agredir verbalmente um estagiário do Tribunal. O estudante Marco Paulo dos Santos apresentou queixa-crime por “injúria real” contra Pargendler após ser demitido por ordem do presidente da Corte.
Ele alega ter sido ofendido pelo ministro em uma agência do Banco do Brasil que fica dentro do Tribunal. De acordo com o relato do estudante, que foi confirmado por testemunhas à polícia, ele tentou fazer um depósito em um dos caixas eletrônicos do banco, mas não conseguiu completar a transação.
Após ser informado por um funcionário da agência que só havia um terminal apto para fazer o depósito, Marco Paulo se dirigiu à fila de espera, já que havia uma pessoa usando o caixa. Quem estava ali era Ari Pargender.
O ministro teria ficado incomodado com a presença do estudante atrás dele. “Você quer sair daqui porque estou fazendo uma transação pessoal. (…) Sai daqui. Vai fazer o que você tem quer fazer em outro lugar”.
Depois de argumentar que estava atrás da linha de espera, o jovem teria sido abordado pelo ministro, aos gritos: “Sou Ari Pargendler, presidente do STJ. Você está demitido”. Desde que o episódio ganhou repercussão, Pargendler recusa-se a comentar o caso. Ele pediu que, em virtude de sua função, o processo corresse no Supremo sob segredo de Justiça. Ao negar o pedido, o ministro Celso de Mello disse que não há nenhuma justificativa para um privilégio a Pargendler no caso.
“Nada deve justificar, em princípio, a tramitação, em regime de sigilo, de qualquer procedimento que tenha curso em juízo, pois, na matéria, deve prevalecer a cláusula de publicidade”, afirmou. Celso de Mello argumentou ainda que o sigilo processual só pode ocorrer em casos excepcionais e que a Constituição não prevê tratamento diferenciado a magistrados

Cinco são presos por fraudar vestibular em Montes Claros (MG)

ELIDA OLIVEIRA
DE SÃO PAULO

Cinco pessoas foram presas suspeitas de estelionato após serem pegas fraudando o vestibular de medicina da Faculdade Pitágoras em Montes Claros (428 km de Belo Horizonte), segundo a polícia. A prova aconteceu ontem de manhã.
Segundo o delegado Jurandir Rodrigues César Filho, o suposto esquema envolvia a venda de gabarito e a transmissão dos dados aos candidatos. Na operação, uma adolescente também foi apreendida.
Em depoimento ao delegado, os acusados --quatro homens e uma mulher de 18 a 26 anos-- confessaram o crime. Eles disseram que pagariam de R$ 15 mil a R$ 20 mil caso fossem aprovados no exame.
A adolescente de 17 anos foi ouvida na delegacia e liberada. Os demais continuam presos e serão autuados por suspeita de estelionato. A pena é de um a cinco anos de prisão.
A diretora da faculdade Pitágoras, Maria de Fátima Turano, diz que a fraude só foi detectada porque a instituição tem 140 câmeras de segurança e havia 70 profissionais contratados para trabalhar no concurso usando detectores de metal.
Como a fraude foi desvendada, o vestibular não será cancelado.
Segundo Maria de Fátima, a suspeita é de que um integrante da quadrilha tenha entrado para fazer a prova e saído após a liberação dos candidatos --enquanto os demais permaneciam fazendo o exame.
De posse do caderno de provas, este integrante da quadrilha enviava as respostas por equipamentos eletrônicos que ficaram escondidos no banheiro. Segundo a diretora, o transmissor era semelhante a um relógio que recebia mensagens escritas.
Os candidatos iam até o sanitário e copiavam as respostas do gabarito ou tentavam entrar de novo na sala do exame de posse do equipamento. Neste momento os detectores de metal apontavam a presença do aparelho e os candidatos eram barrados.
Uma aluna foi flagrada copiando as respostas no seio, outra com o aparelho na genitália.
O vestibular da Faculdade Pitágoras reuniu 3.000 candidatos que disputavam vagas para os 12 cursos da instituição --1.900 tentaram medicina. A concorrência nesta graduação foi de 45 candidatos por vaga. A mensalidade deste curso é de R$ 3.000.

OLHA NÍVEL DOS DELEGADOS !!!!!!!! NOSSAS AUTORIDADES POLICIAIS !!!!!!!!!!!

 

Marcelo Godoy - O Estado de S.Paulo
DEPOIMENTO

Ariosvaldo Giansante, médico em Assis que ficou três meses preso por não denunciar uma paciente que portava droga

O médico Ariosvaldo Giansante, de 56 anos, foi preso e acusado de tráfico de drogas porque não denunciou uma paciente à polícia. Ela estava no nono mês de gravidez e levava droga escondida no corpo. Giansante tinha uma certeza: seguira o sigilo profissional previsto no Código de Ética Médica. Há duas semanas, o Tribunal de Justiça lhe deu razão. Mais do que inocente, os desembargadores decidiram que ele não devia ter sido acusado do crime. Esse é o seu depoimento ao Estado:
"Eram 11h30 de 31 de março de 2009. Estava de plantão na Santa Casa de Assis quando chegou a paciente que ia mudar minha vida. Era uma gestante com desconforto. Estava no nono mês. Examinei-a. Ela tinha um quadro de sofrimento fetal e podia começar o trabalho de parto a qualquer momento. Tinha de ficar no hospital e receber todos os cuidados. Sua vida e a da criança estavam em risco.
Foi quando apareceu o delegado perguntando sobre a paciente e se eu havia constatado algo ilícito. Disse que não. No exame clínico, eu havia retirado da vagina da paciente algo que parecia uma borra de café, uma substância com odor forte e escura. Joguei no lixo. Contei o que havia feito e fui para casa. Às 14h30, bateram na minha porta o delegado e um tenente. Disseram para eu contar o que aconteceu e eu respondi que apenas exerci a minha profissão. Não ia justificar nada, não tinha de dar satisfação. Tinha de salvar a vida da paciente e a da criança e isso eu fiz.
Às 23 horas, começaram a me ouvir. Disseram que eu estava preso por tráfico de drogas. Aí me removeram para a cadeia pública de Gália, perto de Marília. Cheguei às 4 horas. Fui colocado em uma cela de 2 metros por 3, um buraco com um cano de água fria onde passei três noites e três dias. Depois me transferiram para outra cela, com outros 14 presos, ladrões, assassinos e traficantes. Gente perigosa. Alguns haviam cumprido 10 anos de cadeia. O único com curso superior era eu.
Minha família ficou anestesiada, atônita. Vendemos carros. Minha filha mais velha (24 anos) foi reprovada na faculdade de Psicologia. Meu casamento quase acabou. A família sofreu comigo. Na cadeia não havia ventilação nem higiene. As noites geladas, a comida ruim: nada disso esqueço. Perdi 14 dos meus 84 quilos. Só dormia às 3 horas. Passava a maior parte do tempo olhando para o vazio. Fiquei preso três meses.
A cadeia acabou; o trauma, não. Tenho pesadelos. Não durmo mais. O consultório acabou. Sou funcionário da prefeitura e por isso não caí a zero. Relacionamentos e convívio social acabaram. Fiquei isolado na cidade (Assis tem 90 mil habitantes). Todo mundo sabe quem é o médico que foi preso por tráfico. As pessoas me evitavam, apontavam para mim. Todos me conhecem, pois os meus quase 30 anos de vida profissional foram vividos aqui na cidade.
Tive de me recolher, trancar-me em casa. Não ia mais ao Tênis Clube, dos amigos só me sobraram dois. É difícil reverter tudo isso. Apagar a imagem de quem foi preso com droga. Eu pensava: "Não sou bandido, não fiz nada de errado." Quantas vidas eu salvei... Sonhava com a Justiça. Quando soube da decisão do tribunal, eu chorei. É tarde, mas a verdade apareceu. Sei que não voltarei jamais a ser quem eu era. Não se passa uma borracha na mente, na memória, no meu corpo e nas dores que sinto. Quero que todos saibam o que se passou comigo... Só Deus sabe de onde tiro forças para enfrentar isso tudo. Mas não desisto."

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Justiça Federal diz que Exame da OAB é inconstitucional

O desembargador Vladimir Souza Carvalho, do TRF-5 (Tribunal Regional Federal da 5ª Região) concedeu liminar determinando que a OAB inscreva bachareis em direito como advogados sem exigir aprovação no Exame Nacional da Ordem. Para o desembargador, a exigência de prova para pessoas com diploma de direito reconhecido pelo MEC é inconstitucional. 


A decisão ocorreu em uma ação movida por Francisco Cleupon Maciel, integrante do MNBD (Movimento Nacional dos Bacharéis de Direito), contra a OAB do Ceará. O pedido havia sido negado em primeira instância e o autor entrou com agravo no TRF-5. É primeira decisão de segunda instância que reconhece a inconstitucionalidade do Exame.

De acordo com o desembargador Vladimir Souza Carvalho, relator do caso, o Exame de Ordem é inconstitucional, na medida em que a Carta Magna prevê que "é livre o exercício de qualquer trabalho, oficio ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer". Portanto, para o magistrado, não cabe à OAB “exigir do bacharel em ciências jurídicas e sociais, ou, do bacharel em direito, a aprovação em seu exame, para poder ser inscrito em seu quadro, e, evidentemente, poder exercer a profissão de advogado”.
Ainda segundo a decisão, da forma como está regulamentada a norma atualmente, conferindo poder de decisão à Ordem, faz com que as avaliações realizadas ao longo da graduação percam a validade. “Trata-se de um esforço inútil, pois cabe à OAB e somente a ela dizer quem é ou não advogado”, ressalta Carvalho.
Além disso, no entendimento do desembargador, a advocacia é a única profissão no país em que o estudante, já portando o diploma, necessita se submeter a um exame para poder exercê-la, “circunstância que, já de cara, bate no princípio da isonomia”, observa Carvalho, condição também prevista na legislação brasileira.
“De posse de um título, o bacharel em direito não pode exercer sua profissão. Não é mais estudante, nem estagiário, nem advogado. Ou melhor, pela ótica da OAB, não é nada”, aponta o magistrado.
“Usurpação do poder"
Para o relator da decisão, a avaliação realizada pelo Conselho da OAB, obrigatória, “não se apresenta como devida, por representar uma usurpação de poder, que só é inerente a instituição de ensino superior”. Carvalho alega que somente a Presidência da República pode regulamentar, privativamente, a lei – o que, portanto, não deve ser de responsabilidade do Conselho.
O relator ainda argumenta que o STF (Supremo Tribunal Federal) já reconheceu a repercussão geral em um recurso extraordinário (RE 603.583-RS) que discute a constitucionalidade do Exame de Ordem para o ingresso no quadro de advogados da OAB. Segundo ele, “em breve, haverá uma solução definitiva para a questão”.
Conselho da OAB
A reportagem de Última Instância entrou em contato com a OAB e aguarda posicionamento sobre o caso.

Deputado Chedid quer garantir concursos em 2011

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) divulgou na última quinta-feira (2) o Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) sobre Segurança Pública, cujo objetivo é mensurar como a população brasileira avalia os serviços públicos e sua importância para a sociedade. Segundo a pesquisa, nove em cada dez entrevistados têm medo de ser vítima de crimes como homicídio, assalto a mão armada e arrombamento de residência.

O investimento governamental na segurança pública, por meio da contratação de policiais via concursos públicos é fundamental para que a população tenha essa demanda atendida. Atualmente, são aguardados concursos para carreiras como delegado, escrivão e agente de polícia – todos dependem de autorização do Governo do Estado.

Neste contexto, o JC&E entrevistou o deputado estadual paulista Edmir Chedid (DEM), que propôs a Emenda 8.790 ao Projeto de Lei Orçamentária. A medida prevê reajuste de 64% do orçamento da Polícia Civil (PC), de R$ 2 bilhões para R$ 3,2 bilhões, com objetivo de permitir a contratação de delegados, escrivães, investigadores, etc., além de reajustar o salários destes profissionais.

JC&E: De onde viriam os recursos para que esse aumento de 64% possa ser concedido ao orçamento da Polícia Civil?
Edmir Chedid: Os recursos provêm do aumento da projeção de arrecadação. Na prática, ocorre que a proposta do Governo do Estado se fundamentou em uma expectativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) paulista na base de 4,5%. Entretanto, entendo que esse percentual seja subestimado, já que a proposta orçamentária para o Governo Federal em tramitação no Congresso Nacional prevê o aumento na base de 5,5%. Se considerarmos São Paulo como a maior potência econômica do país, o crescimento do PIB regional deveria, no mínimo, corresponder à projeção nacional. Foi justamente o valor de 5,5% que consideramos ao propor a Emenda 8.790. O aumento em 1% na arrecadação é suficiente para a concessão do aumento que está sendo discutido para a PC.

JC&E: Deputado, o que o motivou a apresentar a Emenda 8.790?
EC: Segundo pesquisa realizada em setembro pelo Datafolha, a violência é, ao lado da saúde, o problema que mais preocupa a população do Estado. Os especialistas apontam inúmeras soluções para o problema, divergindo algumas vezes, mas em quase todas as propostas está o aumento, o melhor preparo e a melhor remuneração do efetivo policial. Para se ter uma ideia, um delegado de polícia em São Paulo em início de carreira ganha pouco mais de R$ 5 mil, que é o valor mais baixo do país. Já o investigador ou escrivão ganha em início de carreira pouco mais de R$ 2,2 mil, o que é pouco para atividades tão arriscadas. Por essa razão, apresentei a emenda com intenção não apenas de permitir o aumento da remuneração dos delegados e policiais civis, mas também permitir a implantação de novo plano de carreira para a categoria e contratação de funcionários.

JC&E: Há alguma forma de garantir legalmente que esses recursos sejam investidos exclusivamente na contratação de pessoal e melhoria dos salários?
EC: Claro. Nossa emenda é destinada ao programa específico de pessoal e encargos sociais. Se aprovada, o Executivo fica a ela vinculado. Poderá até não gastar o valor, se entender conveniente e oportuno, mas, se gastar, terá que destiná-lo à rubrica apontada no orçamento, em obediência ao princípio da legalidade.

JC&E: O senhor saberia informar, ou ao menos estimar, qual o déficit atual de profissionais da Polícia Civil?
EC: Não sei precisar cada carreira, afinal, são, pelo menos, 14 carreiras integram o quadro de profissionais da Polícia Civil. Estima-se, portanto, que, de um quadro próximo dos 35 mil funcionários, há um déficit de pessoal na ordem de 10%.

JC&E: Quantos profissionais poderiam ser contratados se a emenda 8.790 for aprovada?
EC: Essa avaliação é difícil de fazer, no momento, mesmo porque tal decisão compete ao Poder executivo e está relacionada à implantação completa ou parcial do plano de carreira para os servidores, o que inclui o aumento de sua remuneração.

JC&E: Existe alguma negociação de bancada para que o projeto receba prioridade do deputado Bruno Covas no Orçamento 2011?
EC: Sim. Estou negociando com a bancada do Democratas e também com outros parlamentares com propostas idênticas à prioridade na aprovação dessa emenda.

JC&E: O senhor apresentou outras emendas relacionadas à contratação de pessoal ao Orçamento 2011? Em caso positivo, quais?
EC: Sim. Apresentei outras emendas destinadas a categorias com carência de pessoal, como o Departamento de Estradas e Rodagem e o Poder Judiciário, em atendimento à justa reivindicação de suas entidades representativas.

Jornal do Concurso e Emprego

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Tiririca se atrapalha e diz que 1º projeto será um apartamento.

  
 
O deputado federal Tiririca visita seu futuro local de trabalho. Foto: Elaine Lina/Terra
 

Claudia Andrade
Direto de Brasília
Em sua visita pelas dependências da Câmara dos Deputados, em Brasília, o deputado federal eleito com mais de 1,3 milhão de votos, Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca (PR-SP), foi perguntado nesta quarta-feira por um jornalista sobre qual seria seu primeiro projeto. "Um apartamento", respondeu o humorista. O repórter emendou: "Não, um projeto para o povo", ao que Tiririca respondeu "qual povo?". "O que te elegeu", afirmou o jornalista. "Eu vou fazer muitas coisas", disse o eleito.
Após o diálogo, os repórteres que acompanham a primeira visita do deputado eleito insistiram sobre o que exatamente faria o político em primeiro lugar. Ao ser perguntado sobre sua prioridade, Tiririca afirmou ser "a educação". Ainda em resposta à imprensa, o humorista disse que o político que mais admira é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas não explicou os motivos.
A visita, que começou no início da tarde, é guiada pelo líder do PR na Câmara, deputado Sandro Mabel (GO). O parlamentar levou o novo colega a várias instalações da Casa, desde gabinetes até a sala da liderança do partido, passando por salas de comissões, como Educação e Cultura - da qual Tiririca deve fazer parte na próxima legislatura.
Durante a passagem do deputado eleito, funcionárias da Câmara o chamaram de "lindo" e pediram para tirar foto com ele, mas os pedidos não foram atendidos.
Em sua visita pelas dependências da Câmara dos Deputados, em Brasília, o deputado federal eleito com mais de 1,3 milhão de votos, Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca (PR-SP), foi perguntado nesta quarta-feira por um jornalista sobre qual seria seu primeiro projeto. "Um apartamento", respondeu o humorista. O repórter emendou: "Não, um projeto para o povo", ao que Tiririca respondeu "qual povo?". "O que te elegeu", afirmou o jornalista. "Eu vou fazer muitas coisas", disse o eleito.
Após o diálogo, os repórteres que acompanham a primeira visita do deputado eleito insistiram sobre o que exatamente faria o político em primeiro lugar. Ao ser perguntado sobre sua prioridade, Tiririca afirmou ser "a educação". Ainda em resposta à imprensa, o humorista disse que o político que mais admira é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas não explicou os motivos.
A visita, que começou no início da tarde, é guiada pelo líder do PR na Câmara, deputado Sandro Mabel (GO). O parlamentar levou o novo colega a várias instalações da Casa, desde gabinetes até a sala da liderança do partido, passando por salas de comissões, como Educação e Cultura - da qual Tiririca deve fazer parte na próxima legislatura.
Durante a passagem do deputado eleito, funcionárias da Câmara o chamaram de "lindo" e pediram para tirar foto com ele, mas os pedidos não foram atendidos.

SEGURO OBRIGATÓRIO DE VEÍCULOS VAI SUBIR


A Susep (Superintendência de Seguros Privados) elevou o preço do seguro obrigatório (Dpvat) pago pelos donos de carros de passeio, táxis, motos, ônibus, micro-ônibus, caminhões e tratores. Os novos preços valem a partir de 1º de janeiro de 2011. Para os veículos de passeio, táxis, motos, caminhões e tratores o aumento foi de 7,83%. Para os ônibus e micro-ônibus, de 15,04%.
Segundo nota do Conselho Nacional de Seguros Privados, "a proposta de revisão das tarifas baseou-se em estudos atuariais que refletem o expressivo aumento na sinistralidade, em especial das indenizações pagas em decorrência de ações na Justiça".
O CNSP ressalta "que não houve reajuste em 2010 e que os valores referentes às categorias 3 e 4 tiveram reduções em 2008" (o valor reduzido foi mantido em 2009). Mesmo com o aumento aprovado pelo CNSP para essas categorias, "o valor nominal ainda é inferior ao vigente em 2007", diz a nota. As indenizações pagas nos casos de morte, invalidez permanente e reembolso de despesas médicas em decorrência de acidentes de trânsito permaneceram inalteradas: R$ 13,5 mil (morte); até R$ 13,5 mil (invalidez permanente) e até R$ 2.700 (despesas médicas).
Além dos valores do Dpvat será cobrada a taxa de R$ 4,15 para cobrir o custo da emissão e da cobrança da apólice ou do bilhete de seguro (neste ano o valor foi de R$ 3,90, ou seja, haverá aumento de 6,41%). Além disso, há ainda a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
O Dpvat indeniza vítimas de danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre (não inclui trens, barcos, bicicletas e aeronaves, pois os acidentes envolvendo esses veículos não são indenizados pelo seguro).
No Estado de São Paulo, o seguro obrigatório tem de ser pago com a cota única do imposto (em janeiro ou em fevereiro, para quem optar pelo pagamento à vista, respectivamente, com ou sem o desconto de 3%) ou com a primeira parcela (em janeiro, para quem optar pelo parcelamento).
Quem deixar de pagar o seguro obrigatório não poderá licenciar o veículo. Sem o licenciamento, o veículo poderá ser apreendido em bloqueios de trânsito e em caso de acidente.
Fonte: NTC&LOGISTICA

Delegado apanha de assistente; outro é pego dentro de bingo pela Polícia Militar


Fim de ano cheio de vergonhas na área da polícia civil de São Paulo. Vamos ficar em dois casos, por enquanto: o diretor da Academia de Polícia perdeu o cargo. Sabe por que? Ele brigou feio com sua assistente e a mulher – que não é fraca, não – deu-lhe uma surra, de onde o doutor delegado saiu com o olho roxo e outros hematomas.
O governador achou aquilo uma vergonha e o secretário de segurança tomou-lhe o cargo. Agora o caso vai pra corregedoria.
Outro caso: um conhecido delegado, dono de empresa de segurança pública e que, pasmem, leitores!, atua no ramo de jogos clandestinos, foi detido por uma equipe da Polícia Militar dentro de um bingo.
Bingo é aquele estabelecimento que desde 2004 está proscrito no Brasil, depois que Valdomiro Diniz, o amigo e assessor do José Dirceu, à época ministro da Casa Civil, foi pego em ratoeira.
O Lula, pra salvar o pescoço, mandou medida provisória para a Câmara dos Deputados e criou lei proibindo os bingos no Brasil.
Pois não é que esse delegado foi pego dentro de um bingo aqui de São Paulo? Ele ainda tentou fugir, pulando uma janela. Mas foi retido por um policial militar. Levado à delegacia, o sem-vergonha do delegado, disse que estava investigando um caso.
Agora, fontes deste blogueiro informam que o delegado está “arredondando” o caso, com a ajuda de superiores. Mas o relatório da PM diz que ele é o dono do bingo. Isso tudo é uma grande vergonha.

Blog Cabeça de Bacalhau

OAB nega lucro e responsabiliza cursos por reprovações em exame

A estudante niteroiense Lívia Desouzart, 22 anos, formanda em direito, faz parte do pequeno grupo de 11,8% dos bacharéis que conseguiram passar no último exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Mas, para fazer parte deste seleto índice, ela teve que tirar férias do trabalho e se matricular num curso preparatório. Sem isso, garante, seria muito difícil ter sido aprovada.
– No início, eu estudava de madrugada à base de café. Mas acho a existência da prova, como controle de qualidade, muito importante – diz Lívia.
Entre os insatisfeitos, muitos afirmam que o exame se tornou “uma indústria”, já que, para se submeter à prova, o postulante deve pagar R$ 200. De acordo com cálculos do deputado Edson Duarte (PV-BA), autor de uma proposta que pretende extinguir o exame, a OAB teria arrecadado cerca de R$ 63 milhões com os três testes aplicados ao longo de 2010. Ele insinua que um dos objetivos da instituição seria o de gerar dinheiro.
As cifras não são confirmadas pelo presidente nacional da Ordem, Ophir Cavalcante. De acordo com ele, os valores são administrados pelas seccionais (sedes regionais) da OAB e empregados para custear as despesas com o exame. Ophir credita o alto índice de reprovação mais à qualidade do ensino jurídico no Brasil do que ao grau de dificuldade da prova. Especialistas da área procurados pelo JB endossam esta opinião.
Presidente da OAB desconhece total arrecadado
Autor de um projeto que pretende acabar com a exigência do exame da OAB para que bacharéis em direito possam exercer a advocacia, o deputado Edson Duarte (PV-BA) afirma que a prova é inconstitucional porque conflita com a autonomia universitária e a competência do poder público para avaliar e fiscalizar o ensino
– Somados os três exames realizados este ano, a OAB faturou R$ 63,6 milhões em 2010 – diz o parlamentar. – Estes valores mostram que a instituição, que deveria zelar pela lei, está não apenas exorbitando da sua competência legal, mas também fazendo dessa aberração chamada Exame da Ordem um negócio milionário.
O presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante rebate as acusações e diz não saber “de onde o deputado tirou esse número”. Para ele, muitas “forças” se sentem prejudicadas e tentam pôr fim ao exame.
– Aquelas escolas que não têm compromisso com a qualidade de ensino, de tudo fazem para defender essa proposta demagógica de acabar com o exame – afirma Ophir.
O presidente da OAB diz não saber qual o valor arrecadado com os exames em 2010. Ele garante que o dinheiro fica com as seccionais da Ordem espalhadas pelo Brasil. São elas que realizam os exames.O dinheiro, afirma, é empregado no pagamento da instituição contratada para realizar as provas, na assessoria jurídica para dar conta dos cerca de 300 mandatos de segurança que são impetrados em cada fase da avaliação e na contratação de professores para corrigir os testes, entre outros gastos.
O economista José Luiz Barbosa, 57 anos, é um dos muitos que não conseguiram a aprovaçã. Ele fez a segunda avaliação de 2010 e classifica de “fiasco” o fato de apenas 11% dos inscritos terem sido aprovados.
– É um critério de avaliação muito difícil. É complicado ter que aceitar uma situação dessas – desabafa. – Acho que isso está virando uma indústria.
Apesar disso, o economista defende a existência da prova e se prepara para enfrentar uma nova maratona em 2011, quando deve se submeter à avaliação novamente.
Jurista defende exame
O jurista Ives Gandra afirma que o exame é a “única forma de termos profissionais mais qualificados”, e que a prova é “reconhecidamente difícil”.
– Portugal tem 10 faculdades de direito para 10 milhões de habitantes – afirma Gandra, criticando o grande número de cursos no Brasil. – Uma coisa é ter o título de bacharel, e outra é advogar. Os estudantes que passaram estão preparados.
Luciano Viveiros, professor de direito da UFRJ e do curso preparatório da OAB, afirma que “o grau de dificuldade corresponde à ineficiência do ensino jurídico”, e que universidades públicas, em geral, têm altos índices de aprovação no exame.

Exame de Ordem: controle de mercado ou avaliação profissional?

Em sua mais recente edição realizada pela prestigiada FGV (Fundação Getúlio Vargas), o Exame de Ordem, mantido pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) como condição para o exercício profissional, é alvo de críticas e suspeitas de erros, que poderiam geram, inclusive, sua anulação.
Não fossem as esperanças depositadas na seriedade e na competência da FGV para a aplicação da prova – substituindo o igualmente prestigiado (ao menos até denúncias de fraude) Cespe (Centro de Seleção e Promoção de Eventos), da Universidade de Brasília, as críticas não seriam nenhuma novidade. Há tempos o Exame de Ordem é contestado pela sua efetiva capacidade de avaliar as habilidades profissionais, e por sua suposta falta de competência, lisura e objetividade na seleção de novos advogados.
A unificação de um Exame de Ordem nacional foi uma decisão controvertida do Conselho Federal da OAB, e que encontrou resistências em várias seccionais. Um dos argumentos para a unificação do Exame nacional foi justamente a de refutar críticas e suspeitas quanto à lisura e à seriedade da prova, supostamente ameaçadas por interesses locais escusos, indevidamente representados nas seccionais e nos responsáveis pela organização da avaliação. As denúncias que atingiram a Cespe, e agora, ainda que com menor intensidade, a FGV não se diferenciam em nada, de maneira geral, das críticas anteriores que atingiam os Exames locais.
A diferença é que, num Exame nacional, esses problemas tendem a ganhar repercussão maior. Além disso, a escala de um Exame nacional, com todas as suas implicações em termos de logística para produção, aplicação e correção das provas, certamente abre flancos maiores e mais sensíveis à ocorrência de problemas, voluntários ou não – e a OAB deveria se lembrar disso antes de criticar tão feroz e apressadamente o Ministério da Educação (MEC) pelas falhas no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), como bem lembrou o advogado Maurício Gieseler, consultado pelo Última Instância.
Não acredito que o Exame de Ordem, unificado ou não, seja perfeito e imune a falhas, sejam elas operacionais, sejam elas típicas fraudes. Como disse, num Exame nacional, é maior a probabilidade de certos problemas ocorrerem, dada a magnitude da operação que envolve a aplicação da prova.
Por outro lado, sou bastante cauteloso em relação a certas “teorias da conspiração” que veem no Exame uma confabulação de poucos dirigentes da advocacia para aprovarem pessoas determinadas – seus parentes, conhecidos, alunos, amigos dos amigos, etc.
Acredito mesmo que um Exame nacional diminua as chances de influências pessoais indevidas na seleção dos candidatos. Porém, estou convencido de que há uma intencionalidade da OAB na realização do Exame, que é institucional (e não pessoal, de alguns dirigentes) e que vai além do objetivo declarado de avaliar competências e habilidades profissionais para o exercício da advocacia.
A mobilização da OAB pela instituição de um exame obrigatório para o exercício profissional vem desde pelo menos a década de 1960, quando o Estatuto da Advocacia de 1963 previa o Exame de Ordem como uma das formas de ingresso na profissão, ao lado dos chamados “cursos de estágio”, mantidos pelas próprias faculdades de direito, e cuja conclusão habilitaria automaticamente o bacharel como advogado. Foi somente com o Estatuto de 1994 que o Exame de Ordem se afirmou como única forma de ingresso do bacharel em direito na profissão.
Não por acaso, esse período conheceu uma expansão nunca antes vista do número de cursos de direito criados no país, fenômeno que iria se acentuar na década de 1990. Também nesse período (e por conta justamente da expansão do ensino jurídico), a advocacia se submeteu a um intenso processo de massificação, acompanhado da precarização das formas de exercício profissional.
A OAB, como entidade representante e controladora da profissão, vem agindo desde então, de modo um tanto errático e ineficiente, para combater os efeitos negativos dessa massificação. Nessa sua ação, Exame de Ordem e ensino jurídico tornaram-se questões centrais da política da OAB em relação ao seu mercado de trabalho e à sua própria capacidade de controlar o exercício profissional.
Daí porque o Exame de Ordem tenha também como objetivo – se é que não pode ser esse considerado seu objetivo central – o de controlar o mercado profissional, restringindo a entrada de novos advogados. E, ao atuar nesse sentido, o Exame converte-se em uma avaliação não dos bachareis, mas sim dos cursos jurídicos. Ao contrário do objetivo de controle do mercado – eventualmente negado pelos dirigentes da Ordem – o objetivo de avaliação dos cursos jurídicos é expressamente assumido pela OAB, que com base nos resultados alarmantes de reprovação no Exame de Ordem pressiona o MEC por mudanças na política sobre as instituições de ensino, além de criar sua própria mobilização, por meio do selo “OAB Recomenda”, que certifica a qualidade de cursos com base nos resultados de seus alunos no Exame.
Dessa forma, OAB e MEC têm sido, nas últimas décadas, ora parceiros ora rivais na política do ensino superior jurídico. Formalmente, cabe ao MEC avaliar cursos, e à OAB avaliar profissionais. Por conta das pressões do mercado de trabalho, a OAB acabou por invadir as atribuições do MEC, que por muito tempo foi não só omisso, como permissivo em sua missão. Nos últimos anos, o MEC tem sido mais rigoroso na autorização de novos cursos, bem como na supervisão e na renovação dos atos autorizativos dos cursos já existentes – movimento que atraiu novamente a simpatia da OAB, que se aliou ao Ministério nesse processo.
Por outro lado, ao perder o foco do que deveria ser uma avaliação para fins de certificação profissional, a OAB perdeu também a chance de melhorar seu Exame de Ordem, investindo em inovações metodológicas de avaliação de competências e habilidade, e numa reflexão mais saudável (e menos corporativa) sobre a diversificação e as transformações da advocacia, e sobre a evolução do ensino jurídico num país com grande dificuldade em garantir direitos e justiça para todos.
*Frederico de Almeida é advogado e cientista político. Participou de diversas pesquisas sobre a administração e a reforma da justiça. Foi pesquisador e Coordenador-adjunto do Núcleo de Pesquisas do IBCCRIM; pesquisador do CEBEPEJ e do Ministério da Justiça; Coordenador de Prática Jurídica da Escola de Direito de São Paulo da FGV; e Coordenador-Geral de Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação. Atualmente é assessor de Relações Institucionais da PROTESTE Associação de Consumidores.

Adriano Villela e Cristiane Felix
“AFGV errou e, diante dos instrumentos que temos, vamos levar o problema e as considerações dos bacharéis da Bahia a Brasília”.
A fala é da presidente da Comissão de Estágio e do Exame de Ordem da seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA), Christianne Gurgel, e resume a posição da instituição em relação ao problema gerado em torno do Exame de Ordem 2010.2, aplicado pela Fundação Getúlio Vargas.
Durante todo o dia de ontem, bacharéis em Direito da Bahia reprovados no certame estiveram reunidos na seccional com o objetivo de solicitar o apoio do presidente regional da entidade, Saul de Quadros Filho, aos pleitos apresentados.
Dos 4.792 bacharéis e estudantes inscritos no Exame, apenas 714 foram aprovados.
Um parecer do mestre em Direito Administrativo José Aras, entregue à presidente da Comissão na última sexta-feira, serve de base jurídica à contestação dos bacharéis.
O grupo pede a alteração do espelho de correção individual da prova prática-processual e, a partir destes novos critérios, a reavaliação da pontuação dos eliminados no concurso, que chegaram ao índice recorde de 88%.
Para os reprovados – que não quiseram se identificar, temendo represálias – a correção das provas pela FGV descumpriu critérios estabelecidos em edital e ao Provimento 136/2009, do Conselho Nacional da Ordem.
Essa tese é defendida por alguns juristas, como o professor de Direito Penal Geovane Morais, conforme noticiado ontem pela Tribuna.
Uma mensagem constante no espelho de correção, determina que este se constitui “somente um indicativo dos critérios adotados para a avaliação”, é um dos principais itens de contestação dos bacharéis e do jurista.”
Eventual recorreção da prova (não se sabe se as provas vão ser realmente reavaliadas) será feita através de critérios de cunho subjetivo, o que, a todas as luzes, afigura-se ilegal!”, afirmou José Aras em documento apresentado pelos candidatos reprovados.
Erro material – Segundo os bacharéis, o espelho deu pontos para aspectos não perguntados pela prova e baixou a pontuação de itens importantes.
Aras identificou questões “onde a indagação a ser respondida pelo examinado se encontra de forma destacada em negrito no enunciado, e para espanto, a resposta constante no gabarito da FGV para a indagação não se relaciona diretamente com o que foi perguntado”.
A suposta falha é apontada como erro material por um dos bacharéis eliminados. “A prova pergunta A e o espelho exige B”, desabafa. O problema estaria mais presente no exame sobre Direito Penal, que registrou 91% de reprovação.
Segundo o grupo, a correção do exame se apoiou em critérios totalmente subjetivos, adotados de forma diferenciada a depender do candidato.
“É preciso ter critérios presentes em todas as provas para que a avaliação seja possível”, disse um dos bacharéis que optaram por anonimato.
O professor questionou também a mudança do gabarito, que teria aumentado a pontuação em alguns itens, mas mantido as notas para quem teve rendimento máximo na questão com mesmo peso do primeiro gabarito.
Aras exemplifica: uma questão de peso 0,2 passou a valer 0,4, mas o candidato que acertou o quesito inteiro teria permanecido com 0,2. “Antes de corrigir a gente a Ordem precisa se corrigir”, afirmou um dos candidatos.
Insatisfação não é só na Bahia
– Na Bahia, dos 4.792 inscritos, 4.078 foram reprovados. A OAB-BA, apesar de agir em consonância com o Conselho Federal, declarou ontem – em reunião entre comitiva de 30 bacharéis e representantes da entidade –, apoio à causa.
De acordo com o presidente Saul Quadros, a OAB nacional observou que o caso não seria de recorreção das provas individualmente e sim comparação de gabaritos.
“Embora não tenhamos poder de decisão, vocês têm o nosso apoio e podem contar conosco como parceiros”, garantiu o presidente Saul Quadros, destacando que, em contato constante com outros presidentes regionais, percebeu que a insatisfação dos reprovados na Bahia é semelhante em grande parte dos demais estados brasileiros.
A presidente da Comissão do Exame de Ordem, Christianne Gurgel, que já havia recebido toda a documentação dos bacharéis na última sexta-feira, foi mais além e assumiu o compromisso de enviar as considerações a Brasília imediatamente. “Houve o erro.
Alguns graves e não vamos fechar os olhos para isso. As reclamações têm fundamento. Por isso, insisti em uma reunião extraordinária nacional sobre isso, com os representantes das comissões regionais, e a sugestão foi acatada”, disse.
A orientação dada aos bacharéis reprovados pela seccional baiana foi de que entrassem com um recurso – o prazo foi encerrado na noite de ontem. De acordo com Quadros, os recursos serão examinados com todo rigor baseados nas regras do edital e no Provimento 193/2009.
“O edital terá que ser respeitado. Em caso do recurso ser negado, os bacharéis ainda podem entrar com um pedido de reconsideração e, se ainda assim não for acatado, cabe um mandado de segurança”, finalizou.
Ontem, os bacharéis foram recebidos por um procurador no Ministério Público Federal (MPF) na Bahia e pediram a intervenção do órgão na questão. Duas ações foram ajuizadas pela comitiva e serão distribuídas nos próximos dias. Somente depois disso o MPF pode dar alguma posição sobre o caso.
Seria uma coincidência ou reserva de mercado?
Outro questionamento apresentado pelos bacharéis foi o número de candidatos aprovados no histórico do exame – em torno de 12 mil, mesmo com aumento do número inscritos.
Para os candidatos reprovados, o dado indicaria uma reserva de mercado, a existência de um número máximo de candidatos que a OAB poderia aprovar sem inflar o mercado com muitos advogados.
“Este número não prova nada, mas é no mínimo estranho”. Especialistas ligados à Ordem dos Advogados do Brasil atribuem a reprovação recorde ao baixo nível das faculdades de Direito.
O exame 2010.2 da OAB bateu o recorde de inscritos (106 mil). Multiplicando o número de participantes com o valor da taxa (R$ 200), a entidade apurou R$ 21,2 milhões com a prova, realizada pela primeira vez através da Fundação Getúlio Vargas.
Uma participante da prova de Direito de Trabalho questionou ainda o limite de 2.500 caracteres para o recurso ao resultado do exame da Ordem. “È impossível reduzir todos os itens contestados a este tamanho.
Isto é cerceamento do direito de defesa”, protestou uma candidata que fez prova de Direito Trabalhista. Assim como o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcanti, o presidente Saul Quadros nega a especulação sobre uma possível reserva de mercado.

Cada povo tem aquilo que merece !‏

'Cheguei em um bom dia', diz Tiririca sobre possível aumento de salário

Dono da maior votação do Brasil, ele visitou a Câmara pela primeira vez.
Nesta quarta, deputados votam possível aumento nos próprios salários.

Fábio Tito Do G1, em Brasília
Tiririca
O deputado federal eleito Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca (PR-SP), visitou o Congresso pela primeira vez e disse que chegou "em um bom dia", referindo-se à votação, nesta quarta-feira (15), do aumento de salário dos parlamentares.
"Dei sorte", afirmou Tiririca, antes da aprovação do reajuste pela Câmara - para entrar em vigor, a proposta necessita da aprovação pelo plenário do Senado. Segundo o deputado eleito, a proposta de aumento é "bacana" e "legal".
Dono da maior votação do Brasil nas eleições deste ano (1,35 milhão de votos), o deputado eleito chegou à Câmara pela Chapelaria e foi recepcionado pelo líder do PR na Câmara, deputado Sandro Mabel (PR-GO).
Em meio ao tumulto, Mabel mostrou um pouco da estrutura da Casa ao novo deputado e o levou até a sala da liderança do partido, onde os dois participam de reunião na tarde desta quarta.
No trajeto até a sala da liderança do PR, Tiririca respondeu a algumas perguntas.
Indagado se chegou à Câmara "fantasiado" de político e se já aprendeu as tarefas de um parlamentar, ele respondeu: "Neste exato momento eu sou político. Já aprendi, com certeza, e vou aprender mais com os colegas aí".
Segundo ele, a ingenuidade e a ironia do  personagem de palhaço que interpreta  na televisão não vão mudar no plenário.
Sobre o assédio da imprensa devido ao expressivo número de votos, o deputado eleito afirmou que já teve momentos parecidos. "Na época da Florentina [música que se tornou hit nos anos 90] era assim", disse.
Tiririca também afirmou que não vai abandonar a vida artística. Ele disse que pretende conciliar as duas  tarefeas. "Com certeza. Ainda tenho quatro anos de contrato [como comediante]", afirmou.
Francisco Everardo Oliveira Silva também respondeu que um dos políticos que ele admira e em quem se espelha é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sobre a presidente eleita Dilma Rousseff, ele disse apenas: "Vamos ver."
O deputado eleito também afirmou que dará prioridade a projetos na área da educação, mas não deu detalhes. Tiririca disse que não sentiu preconceito de colegas deputados por ser humorista. "Não senti nada de preconceito", afirmou.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Diretor bate em delegada na escola da Polícia Civil em São Paulo

14/12/2010 - 10h16
ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

Após se envolver em uma briga com uma subordinada, o delegado Adilson José Vieira Pinto, da classe especial da Polícia Civil de São Paulo, pediu para sair da direção da Academia de Polícia, órgão doutrinador da corporação.
A cúpula da Segurança Pública paulista investiga os motivos que levaram o delegado Vieira Pinto a agredir a delegada Ivalda Oliveira Aleixo, uma de suas subordinadas na Academia da Polícia na semana passada.
A briga ocorreu dentro do gabinete do até então diretor da Academia de Polícia.
Considerado de gênio forte por seus colegas na Polícia Civil paulista, Vieira Pinto sempre foi considerado um amigo da delegada com quem se desentendeu.
Ao ser procurado na tarde de ontem pela Folha, Vieira Pinto disse não ter interesse em comentar a briga com a delegada Ivalda, que não foi localizada para falar.
Dentre outras ações, Vieira Pinto e Ivalda haviam sido nomeados em outubro como os principais responsáveis pela gestão do comitê especial criado pela Polícia Civil de São Paulo para tratar de assuntos relacionados a Copa do Mundo de 2014.
Responsável pela nomeação da dupla, o chefe da Polícia Civil, Domingos Paulo Neto, não se manifestou.
Vieira Pinto já foi investigado sob suspeita de organizar em 2008 um concurso para fotógrafos periciais que foi fraudado. Ele sempre negou.

Comentário no site FLIT PARALISANTE:

Enviado em 13/12/2010 às 18:59 - JOW
Dr Guerra, se puder posta na página principal do site….
BARRACO NA ACADEPOL
Essa é novidade… quando pensamos que vimos de tudo na acadepol…..
o ARROGANTE do Diretor da acadepol perdeu a cadeira por um fato que até hoje nunca tinha visto…. SAIU NA PORRADA COM A SUA ASSITENTE, 3 classe, no meio do corredor da academia….
após uma briga com palavrões dos dois lados, o ANIMAL do ex diretor foi para cima de sua assitente , qe não se fez de rogada, e com uma cabeçada, e um murro, deixou o que fala grosso, mas que tem outra fama nos bastidores da polícia de olho roxo e sem um pedaço de um dente….
A Delegada  foi ouvida pelo PRÓPRIO secretário, informando ao mesmo o hábito do nojento do ex diretor de cantar funcionárias, assediar a todas, e xingar os funcionários…..
resumo da ópera…. o BABACA do ex diretor, a ARROGÂNCIA em pessoa conseguiu cair da academia, e está com um X nas costas do tamanho do mundo…. já tinha fama de não gostar de mulher….a gora tem fama que APANHA de mulher… rsrsrsr

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Após falhas na correção, resultado do Exame da OAB é contestado

Uma das vozes mais críticas às falhas que ocorreram no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) deste ano, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) também enfrenta problemas em sua principal prova de avaliação profissional, o Exame de Ordem. A FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgou nesta segunda-feira (6/12) a lista de aprovados na 2ª fase do exame, que seleciona os bacharéis em direito aptos a exercer a advocacia. O resultado está sendo questionado por estudantes e especialistas, que apontam diversos erros na correção da prova.
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Com inconsistências no padrão de contagem das notas e na estruturação de espelhos, a lista preliminar de aprovados pode ser revogada. “A correção precisa ser anulada. É caso de mandado de segurança, e inclusive de ação civil pública”, diz o advogado Maurício Gieseler, que mantém um portal especializado sobre o Exame da Ordem.
Para Gieseler, os problemas com as provas da OAB são comuns, mas acabam não ganhando repercussão. “A OAB raramente se manifesta quando erra. Ela ocupa na sociedade civil uma posição que intimida e até impede que outros órgãos exerçam sobre ela uma crítica”. “A OAB precisa de um ombudsman”, criticou o advogado.
Gieseler citou o caso do exame número 3 de 2006, no Distrito Federal, em que teria havido fraude em mais de 100 provas, mas o caso “caiu no esquecimento”. “A OAB fez muito bem questionar o Enem, mas precisa olhar para sua própria casa”, ironizou.
O prazo para a interposição de recursos contra o resultado na prova prático-profissional, que iria até 9 de dezembro foi prorrogado pela FGV por mais um dia. Ontem os sites da Fundação e da OAB ficaram fora do ar em virtude do grande número de acessos. Essa foi a primeira vez que a prova foi aplicada pela FGV – até então a contratada era a Cespe/UnB.

Anulação
Especialistas apontam erros na elaboração de espelhos e quantificação das notas, desrespeito ao exercício do direito de defesa e violação do provimento 139/6, que alterou o exame da ordem no fim de 2009 e regulamenta a aplicação do exame. Para Gieseler, não cabe a anulação completa do exame, mas sim a anulação da correção.
“A estruturação dos espelhos foi muito diferente do que vinha sendo feito até então, eles foram elaborados de forma muito truncada”, afirmou Gieseler. Para ele, os espelhos não foram claros, gerando uma interpretação ambígua. Além disso, houve erro na quantificação das notas. “Nas peças de tributário, por exemplo, esqueceram de atribuir ponto para a conclusão, para o pedido da peça”, colocou.
O mais grave, segundo Gieseler, foi a violação do provimento 139/6. Segundo o artigo 6°, parágrafo 3°, “Na prova prático-profissional, os examinadores avaliarão o raciocínio jurídico, a fundamentação e sua consistência, a capacidade de interpretação e exposição, a correção gramatical e a técnica profissional demonstrada”. De acordo com Maurício Gieseler, a FGV não colocou no espelho todos os itens mencionados. “Isso gera dúvida no candidato. Como ele pode saber que a FGV corrigiu esses parâmetros? Quem for reprovado, de repente, se esses itens fossem avaliados, poderia lograr aprovação. E o contrário também pode acontecer”.

Reprovação
A prova deste ano manteve o padrão de alta reprovação que vem marcando o Exame de Ordem nos últimos anos. Apenas 12% dos mais de 106 mil candidatos inscritos foram selecionados. “Essa prova foi feita para reprovar”, disse Gleiser, para quem o exame teve muitas “pegadinhas”.
A reportagem de Última Instância entrou em contato com a FGV e aguarda um posicionamento oficial da Fundação. O responsável pelo exame no Conselho Federal da OAB não foi encontrado para comentar o assunto até o momento

É preciso que as pessoas se compenetrem de que o mal não merece comentários em parte alguma. Não o comentando estaremos colaborando para sua própria extinção. O mal merece ação enérgica; sim, sim; não, não. Merece decisão, nunca omissão. Comentários e futricas, não. Estes só servirão para aumentar a extensão do mal, para dar a outras pessoas as ferramentas para cometer males idênticos.”

grato
sergio ricardo mondadori

Telegramas secretos revelam interesse dos EUA em Dilma Rousseff

 Estados Unidos mostrou especial interesse desde 2005 em conhecer preferências, gostos e tudo possível sobre a então recém nomeada ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, hoje presidenta eleita do Brasil.
  Vários dos nove telegramas confidenciais da embaixada dos Estados Unidos em Brasília, divulgados hoje pelo diário Folha de S.Paulo e entregues pelo site Wikileaks.org, assinalam que Rousseff “organizou três assaltos a bancos” durante a época da ditadura militar no Brasil (1964-1985).
A Folha de S.Paulo aponta que o autor do telegrama, o então embaixador norte-americano no Brasil John Danilovich não menciona a fonte da informação sobre as supostas ações de Rousseff na ditadura militar, contra a qual lutou e esteve presa por três anos.
“No conjunto de papéis divulgados agora, há especulações sobre a personalidade da petista -militante do Partido dos Trabalhadores (PT)-, as possibilidades de ser eleita e sua saúde”, indica o jornal brasileiro.
Acrescenta que em 2009, a secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, elogiou os documentos confidenciais, ao afirmar que gostava muito dos textos que contêm os perfis dos candidatos a presidente em 2010 e sobre suas estratégias, ao mesmo tempo em que qualifica o sistema político brasileiro de “bizantino”.
A Folha de S.Paulo refere que Hillary Clinton fez recomendações para futuros telegramas: “Damos especial valor às informações sobre como são os estilos de operar desses líderes, seus comportamentos, motivações, pontos fortes e fracos, relações com seus superiores, sensibilidades, visões de mundo, hobbies e conhecimento de línguas estrangeiras”.
Para o diário, os detalhes sobre Rosseff aparecem desde 2005, “Ela gosta de cinema e de música clássica. Perdeu peso recentemente, segundo relatos, após adotar a mesma dieta do presidente Lula”, diz um dos telegramas.
Em outro há elogios para a presidenta eleita, pois é vista como “competente”, elogiam sua paciência para ouvir e responder, mas alertam de que “ela tem fama de ser insistente, uma negociadora dura e detalhista”.
O site Wikileaks.org diz possuir cerca de 250 mil telegramas confidenciais da diplomacia estadunidense em todo mundo, dos quais ao menos 2.500 seriam de sua embaixada no Brasil

Escrito por roberto conde guerra - FLIT PARALISANTE
10/12/2010 em 20:35

FGV IMPEDE O CAPITÃO MONDADORI DE REALIZAR EXAME DA OAB…NÃO SE PODE ESPERAR OUTRA COISA DE ALGO QUE CARREGA NOME TÃO NEFANDO

FLIT PRALISANTE

Assunto: TETRAPLEGIA………… QUESTÃO DE HUMANIDADE…….>
Aos amigos (as),
Doutores (as):

Peço encarecidamente que assistam ao vídeo do link abaixo.

O Capitão Sérgio Ricardo Mondadori está tetraplégico e, absurdamente, a FGV cerceou seus direitos no Exame de Ordem 2010.2.

A finalidade do vídeo é que esse “grito por socorro” possa chegar nas mãos – visualização – de alguma autoridade do executivo, legislativo, judiciário ou dirigentes da nobre instituição OAB e providência possa ser tomada quanto ao prejuízo gritante sofrido pelo candidato.

Isso é questão de lógica, bom senso, humanidade e, sobretudo, JUSTIÇA.

O capitão Sérgio consegue digitar utilizando um suporte acondicionado na cabeça – consta no vídeo -, sendo que a FGV não permitiu tal acesso em razão de aventar a hipótese que poderia “colar”.  

Por favor, repassem esta mensagem para seus contatos.

Ah! E pensar que reclamamos pelas nossas dificuldades.

Reflitam!

Abraço!!!!

Caso entendam como vírus, por favor, acesse o site da WEBTVBRAGANÇA –  a matéria está na página principal: www.webtvbraganca.com.br